A Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou, em primeira votação nesta quarta-feira (23), a proposta de reajuste salarial para os servidores municipais. O texto prevê um aumento de 2,6% a partir de maio deste ano, seguido por um adicional de 2,55% em 2026.
A proposta, de iniciativa da prefeitura, obteve 31 votos favoráveis e 15 contrários, com a base governista e a oposição dividindo seus votos. Antes de entrar em vigor, a medida passará por uma segunda votação, agendada para a próxima terça-feira (29), e, se aprovada, seguirá para a sanção do prefeito Ricardo Nunes.
Rejeição e Greve
A proposta de reajuste tem sido alvo de críticas por parte dos servidores, especialmente os professores municipais, que deflagraram greve no dia 15 de abril. A insatisfação com o percentual oferecido pelo governo municipal foi o principal motivador da paralisação. Vale lembrar que um reajuste salarial de 6,27% para professores do RN foi sancionado recentemente, mostrando diferentes abordagens em relação ao tema.
Durante a sessão na Câmara, foram debatidas emendas ao projeto original, incluindo sugestões para aumentar o valor do vale-refeição e antecipar o reajuste salarial de maio de 2026 para novembro deste ano. No entanto, ambas as emendas foram rejeitadas. A Câmara ainda avalia a possibilidade de apresentar novas alterações ao projeto, em negociação com o Poder Executivo.
Demandas dos Servidores
Os profissionais da educação, juntamente com outros servidores municipais, reivindicam um reajuste salarial que supere a inflação anual acumulada. A categoria argumenta que o índice proposto pela prefeitura não é suficiente para repor as perdas salariais. Situações de atraso salarial também podem agravar o cenário e influenciar a decisão de greve.
Uma assembleia dos servidores municipais está prevista para o dia 29, quando será avaliada a continuidade ou não do movimento grevista. É importante lembrar que o Governo projeta salário mínimo de R$ 1.627 para 2026, o que pode influenciar as negociações salariais.
Acompanhe os desdobramentos da greve dos professores:
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