A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apresentou ao Governo Federal uma proposta que visa alterar a forma como a data de validade dos alimentos é tratada, com o objetivo de diminuir os preços nas prateleiras. A ideia central é adotar um modelo similar ao “Best Before” utilizado nos Estados Unidos, onde produtos não perecíveis, como biscoitos e massas, poderiam ser comercializados com desconto após a data de “melhor consumo”, em vez de serem descartados.
A Abras argumenta que essa mudança faz parte de um conjunto de medidas para controlar a inflação e tornar os alimentos mais acessíveis à população, especialmente às famílias de baixa renda. Segundo a entidade, a proposta foi formalizada junto ao governo ainda em 2024, como parte de um plano que busca reduzir os valores dos produtos nos supermercados.
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“As propostas que apresentamos têm o potencial de gerar um impacto significativo, não só no controle da inflação, mas também na criação de empregos e no fortalecimento de uma economia mais justa e sustentável. Estamos confiantes de que, com o apoio do Governo Federal, essas medidas serão implementadas de forma eficaz e trarão benefícios diretos para as famílias, especialmente para aquelas de baixa renda”, afirmou João Galassi, presidente da Abras.
O modelo proposto permitiria que alimentos não perecíveis fossem vendidos com preços reduzidos após a data de “melhor consumo”, evitando o desperdício e beneficiando o consumidor. A associação enfatiza que a medida é uma prática comum em outros países e que poderia contribuir para tornar os preços mais acessíveis para os brasileiros.
No entanto, a proposta já encontrou resistência no Governo Lula. Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) descartaram a possibilidade de alterar a legislação vigente sobre a validade de alimentos, indicando que o governo não pretende adotar o modelo sugerido pela Abras neste momento.
Além da alteração da validade, a Abras também sugeriu ao governo outras medidas para auxiliar no setor, como o apoio da Caixa Econômica Federal para o auxílio-alimentação dos trabalhadores e a liberação da venda de medicamentos sem receita em supermercados. Estas propostas também foram apresentadas como ações para beneficiar o setor e o consumidor.