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Preocupações com o crescimento dos EUA derrubam preços do petróleo, apesar das tensões geopolíticas

As notícias geopolíticas devem ser o principal fator a influenciar a trajetória dos preços do petróleo ao longo deste mês.

Os contratos futuros de petróleo registraram queda nesta segunda-feira (3 de março), com as preocupações em torno da desaceleração do crescimento econômico nos Estados Unidos superando os temores de uma possível redução na oferta global, em meio às tensões contínuas entre Ucrânia e Rússia.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do petróleo WTI para abril teve um decréscimo de 1,99% (US$ 1,39), fixando-se em US$ 68,37 o barril. Paralelamente, o contrato do Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), apresentou uma retração de 1,63% (US$ 1,19), atingindo US$ 71,62 o barril.

Segundo análise do Swissquote Bank, os dados econômicos divulgados nos EUA na semana anterior intensificaram as apreensões sobre o ritmo de crescimento do país e, consequentemente, sobre uma potencial diminuição na demanda por petróleo. O banco suíço destacou que esse receio prevaleceu sobre a percepção de risco geopolítico, que, em momentos anteriores da sessão, chegou a oferecer um certo suporte aos preços da commodity. O mercado também acompanha as tensões entre Taiwan reforça defesa aérea com mísseis dos EUA em meio a tensões com a China.

O Federal Reserve de Atlanta, por meio de seu levantamento GDP Now, indicou um aumento significativo na estimativa de contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para o primeiro trimestre do ano. Esse cenário também impacta as ações da Petrobras, que devem sofrem queda em meio à baixa do petróleo e plano de Trump.

Para o analista Ritterbusch, as notícias geopolíticas devem ser o principal fator a influenciar a trajetória dos preços do petróleo ao longo deste mês. Já o ING avalia que o petróleo tem recebido apoio da leitura positiva do Índice de Gerentes de Compras (PMI) da China, reacendendo o otimismo em relação à demanda de combustíveis no maior importador mundial da commodity.

O banco holandês ressalta ainda que a reunião legislativa chinesa, conhecida como “Duas Sessões”, pode impulsionar ainda mais os preços do óleo. Recentemente, a China suspende importações de soja de cinco empresas brasileiras por problemas fitossanitários, um fator que pode impactar a economia global.

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Brunna Mendes

Gestão Hospitalar (UFRN), 28 primaveras, sagitariana e apaixonada por uma boa leitura, séries, filmes e Netflix.

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