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Mercados asiáticos reagem com cautela às políticas de Trump, enquanto Brasil observa inflação e juros

As bolsas asiáticas apresentaram um desempenho misto nesta terça-feira (21), com investidores reagindo aos primeiros movimentos do presidente americano Donald Trump. A expectativa por detalhes sobre suas políticas e seus possíveis impactos na região tem gerado volatilidade.

No Japão, o índice Nikkei 225 registrou alta de 0,32%, atingindo 39.027,98 pontos. Já na Coreia do Sul, o índice Kospi apresentou leve queda de 0,08%, ficando em 2.518,03 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,91%, alcançando 20.106,55 pontos. Na China continental, o índice Xangai Composto teve um recuo marginal de 0,05%, fechando em 3.242,62 pontos.

Segundo Yeap Jun Rong, estrategista de mercado do IG, o cenário asiático tem se mostrado calmo, com as atenções voltadas para as prioridades políticas de Trump. A possibilidade de alívio tarifário, combinada com a desvalorização do dólar americano, cria um ambiente para possíveis ganhos nos mercados.

Rong também destacou que a ausência de medidas comerciais imediatas por parte de Trump no seu primeiro dia de mandato trouxe certo alívio aos mercados globais. Trump tem concentrado suas ações iniciais em questões como o controle da imigração e o aumento da produção de petróleo nos Estados Unidos.

Na China, ações de tecnologia lideraram os ganhos em Xangai, enquanto os papéis de energia recuaram, com destaque para a queda de 1,4% da PetroChina e de 1,6% da Sinopec. No Japão, os setores de chips e produtos químicos se destacaram com valorização, impulsionados pela desvalorização do iene, que aumenta as expectativas de crescimento nos lucros.

Enquanto isso, em Nova York, os investidores retornam do feriado do dia de Martin Luther King Jr. com incertezas sobre as futuras ações de Trump em relação às tarifas comerciais. A agenda para esta terça-feira está mais leve, porém a volatilidade no mercado permanece.

Em seu discurso de posse, Trump declarou emergência energética nacional com o objetivo de impulsionar a produção de petróleo e gás nos EUA e reduzir os custos para os consumidores americanos. Ele também declarou emergência na fronteira com o México para combater a imigração ilegal. O presidente prometeu fortalecer a indústria de combustíveis fósseis e reverter as ações do ex-presidente Joe Biden que incentivavam o setor de veículos elétricos. “A era de ouro da América começa agora mesmo“, afirmou Trump.

O anúncio de novas tarifas para a China foi adiado, indicando uma possível mudança na postura do presidente, que pode buscar um acordo com o presidente chinês Xi Jinping. Apesar disso, Trump deixou claro que as tarifas estão a caminho, afirmando que pretende taxar outros países para beneficiar os cidadãos americanos.

No Brasil, os investidores acompanham a divulgação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de janeiro, um indicador de inflação do aluguel. Em dezembro de 2024, o IGP-M desacelerou para 0,99%, um bom sinal após ter registrado 1,11% em outubro. As expectativas, no entanto, apontam para um aumento na inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou que a taxa básica de juros (Selic) deve continuar subindo, com duas elevações de 1 ponto percentual previstas em sua última reunião, elevando a Selic para 14,25% em março. Economistas, no entanto, preveem que a taxa pode atingir pelo menos 15% até o final de 2025.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também tem uma agenda de reuniões com ministros e assessores nesta terça-feira, incluindo o ministro da Economia, Fernando Haddad, às 15h. A inflação da comida tem sido um tema de destaque no governo, impactando a popularidade do presidente. Lula abordou a questão em sua fala de abertura da reunião ministerial, afirmando: “… e agora a gente vai trabalhar reconstrução, união e comida barata na mesa do trabalhador, porque os alimentos estão caros”. Ele prometeu garantir que os alimentos cheguem à mesa do povo brasileiro a preços acessíveis.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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