Boletim Focus: mercado eleva projeção da Selic para 14% em 2025 e inflação pressionada

Boletim Focus: mercado eleva projeção da Selic para 14% em 2025 e inflação pressionada
Marcello Casal JrAgência Brasil

O mercado financeiro revisou suas expectativas para a economia brasileira, conforme o mais recente Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (16). O relatório aponta para um cenário de prolongamento do aperto monetário, com a taxa básica de juros, a Selic, projetada para atingir 14% ao final de 2025, um aumento em relação à previsão anterior de 13,50%. A taxa deve encerrar 2024 em 12,25%. O mercado reage positivamente à alta de juros e prevê pico em 15%, como mostra a notícia sobre a Selic a 12,25%.

Inflação sob pressão

As projeções para a inflação também indicam um cenário desafiador. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, teve sua previsão elevada para 4,89% no final de 2024, ante 4,84% da estimativa anterior. Para 2025, a expectativa é de que o IPCA alcance 4,60%, ligeiramente acima dos 4,59% projetados anteriormente. Esses números revelam que a pressão inflacionária persiste, exigindo atenção por parte das autoridades econômicas. A inflação desacelera para a maioria das famílias, mas o mercado financeiro eleva projeções, como podemos ver em outra matéria.

Cotação do dólar

Em relação ao câmbio, o Boletim Focus projeta que o dólar encerre 2024 cotado a R$ 5,99, após ter sido negociado acima de R$ 6,00 nas últimas semanas. A expectativa para a moeda americana em 2025 também foi revisada para cima, passando de R$ 5,77 para R$ 5,85. O BC vendeu US$ 845 milhões em reservas para conter a alta do dólar.

Crescimento do PIB

Apesar das preocupações com a inflação e juros, o mercado financeiro está mais otimista em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A projeção para 2024 subiu de 3,39% para 3,42%, indicando uma expansão mais robusta da economia. Para 2025, a estimativa de crescimento do PIB também apresentou uma leve melhora, passando de 2% para 2,01%.

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