Em assembleia geral realizada na segunda-feira (10), educadores de Areia Branca, no Rio Grande do Norte, deliberaram sobre a recente recomendação do Ministério Público do estado (MPRN) para que a prefeitura local implemente o sistema de hora-relógio nas escolas municipais. A medida, que visa controlar o tempo de trabalho dos professores, gerou forte reação da categoria.
A principal alegação dos profissionais da educação é que a hora-atividade, período dedicado ao planejamento e preparação de aulas fora da sala de aula, é um direito fundamental para a qualidade do ensino. Os educadores argumentam que a imposição da hora-relógio, sem discussão prévia, representa um retrocesso.
Fábio Júnior, diretor do SINTE Regional Mossoró, expressou a surpresa e a insatisfação da categoria: “Fomos surpreendidos com a implantação da hora-relógio, e pelo fato de a prefeitura ter acatado a recomendação sem sequer existir uma ordem judicial; estamos diante de um retrocesso que prejudica diretamente a qualidade do ensino e a dignidade dos/as educadores/as”.
Como resposta à decisão da prefeitura, os trabalhadores da educação decidiram paralisar suas atividades na próxima quinta-feira (13). A manifestação está marcada para as 8h, em frente à Secretaria Municipal de Educação de Areia Branca.
Adicionalmente, a assembleia aprovou a autorização para que a assessoria jurídica do Sinte-RN adote todas as medidas legais cabíveis para assegurar os direitos dos educadores. O sindicato buscará reverter a implementação da hora-relógio e garantir que o tempo de planejamento dos professores seja respeitado.
Até o momento, a Prefeitura de Areia Branca não se manifestou sobre o assunto, apesar dos contatos realizados pela imprensa local.
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