O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu autorização para que uma comitiva de 24 parlamentares visite o general Walter Braga Netto, que se encontra em prisão preventiva desde dezembro. A detenção está relacionada à investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Entre os autorizados a visitar Braga Netto, encontram-se 23 senadores, incluindo os representantes do Rio Grande do Norte, Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB). A lista também inclui figuras como Sérgio Moro (União-PR), Damares Alves (Republicanos-DF) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente da República.
A autorização de Moraes se estende a um único deputado federal, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara. Cavalcante tem liderado a campanha pela aprovação de um projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Essa iniciativa é vista como uma das principais estratégias do ex-presidente para reverter sua inelegibilidade e retornar ao cenário eleitoral.
As visitas estão sujeitas a restrições específicas. O ministro Moraes determinou que apenas três parlamentares poderão visitar Braga Netto por dia. Além disso, o uso de equipamentos eletrônicos, como celulares, tablets e gravadores, está estritamente proibido. Fotografias do general também estão vedadas, assim como a entrada de assessores, seguranças ou membros da imprensa. As visitas deverão ocorrer de forma individual.
Lista completa dos Parlamentares autorizados
Confira a lista completa dos parlamentares que receberam autorização para visitar Walter Braga Netto na prisão:
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
- Izalci Lucas (PL-DF)
- Plínio Valério (PSDB-AM)
- Rogério Marinho (PL-RN)
- Chico Rodrigues (PSB-RR)
- Marcio Bittar (União-AC)
- Luis Carlos Heinze (PP-RS)
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
- Marcos Rogério (PL-RO)
- Sergio Moro (União-PR)
- Eduardo Girão (Novo-CE)
- Laercio Oliveira (PP-SE)
- Nelsinho Trad (PSD-MS)
- Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
- Romario Faria (PL-RJ)
- Alan Rick (União-AC)
- Jorge Kajuru (PSB-GO)
- Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG)
- Styvenson Valentim (PSDB-RN)
- Teresa Cristina (PP-MS)
- Zequinha Marinho (Podemos-PA)
- Dr. Hiran (PP-RR)
- Carlos Portinho (PL-RJ)
- Damares Alves (Republicanos-DF)
A prisão preventiva de Braga Netto foi decretada em dezembro por ordem de Alexandre de Moraes. A justificativa central para a detenção é a alegação de que o general teria tentado interferir nas investigações sobre a tentativa de golpe e de obter acesso ao acordo de colaboração premiada de Mauro Cid, que, à época, era mantido sob sigilo. A delação de Cid é considerada fundamental para a investigação do caso, o que tem gerado questionamentos por parte da defesa do general. A decisão de Moraes ocorre em um momento em que o STF retomou julgamentos sobre planos de saúde, aposentadorias e atos de 8 de janeiro.
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