O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reiterou sua intenção de concorrer à Presidência da República em 2026, mesmo com a inelegibilidade que o atinge até 2030. Em entrevista à Rádio Gaúcha na sexta-feira (6), ele descartou a possibilidade de apoiar outro candidato, afirmando categoricamente: “O plano A sou eu. O plano B sou eu também. O plano C sou eu a não ser depois da minha morte física ou política em definitivo que eu vou pensar em um possível nome”.
De acordo com informações da CNN, a recente indiciação pela Polícia Federal (PF), terceira vez que isso ocorre, não alterou os planos de Bolsonaro para a eleição presidencial de 2026. Fontes próximas ao ex-presidente indicam que a estratégia permanece inalterada, mesmo diante de possíveis cenários de denúncias ou prisão.
A estratégia planejada envolve a candidatura de um de seus filhos como vice – o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é mencionado como uma possibilidade – com o registro da chapa perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como Bolsonaro está inelegível, o registro será provavelmente indeferido pela Corte.
Em seguida, espera-se que Bolsonaro recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF), que possivelmente manterá a decisão do TSE. Na impossibilidade de mais recursos, o candidato a vice assumiria a posição de candidato presidencial, enquanto Bolsonaro tentaria direcionar seus votos para o sucessor na chapa, uma estratégia semelhante à utilizada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2018.
Na ocasião, Lula, inelegível e preso, foi substituído por Fernando Haddad (PT) na chapa, menos de um mês antes do primeiro turno. Haddad, então vice, assumiu a candidatura. Vale lembrar que Bolsonaro foi o vencedor das eleições de 2018.
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