Justiça

STF: Dino mantém liberação de emendas parlamentares, rejeitando recurso da AGU

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (9) manter a liberação do pagamento de emendas parlamentares, rejeitando um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU). A AGU buscava rever pontos da decisão de Dino, que permitiu o pagamento das emendas suspensas desde agosto, desde que atendidos critérios de transparência e rastreabilidade.

O pedido da AGU questionava três aspectos da decisão: a exigência de um plano de trabalho para a liberação das emendas; a identificação nominal dos parlamentares solicitantes; e o aumento previsto no volume total de emendas para 2025. Dino, no entanto, declarou que “não há o que reconsiderar”, sustentando que sua decisão, aprovada unanimemente pelo plenário do STF, está em conformidade com a Constituição, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a Lei Complementar 210/2024, aprovada pelo Congresso para regulamentar a liberação dessas emendas.

Em sua justificativa, o ministro argumentou que o processo legislativo já garante transparência e rastreabilidade, disponíveis em sites das casas parlamentares. Dino questionou a necessidade de um procedimento de ocultação na aplicação de recursos públicos, afirmando que "todo esse processo legislativo é transparente e rastreável, em face dos excelentes sites mantidos pelas casas parlamentares. Por que, no caso da Lei Orçamentária, seria diferente? Não há base constitucional, legal ou lógica para que, exatamente em se tratando da aplicação do dinheiro público, haja um inusitado procedimento de ocultação".

A polêmica em torno das emendas RP8 e RP9 remonta a dezembro de 2022, quando o STF as declarou inconstitucionais. Em resposta, o Congresso Nacional aprovou uma resolução alterando as regras de distribuição de recursos para atender à decisão do STF. Apesar disso, o PSOL, autor da ação original contra as emendas, alegou que o descumprimento persistia.

Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora inicial do caso, o ministro Flávio Dino assumiu a responsabilidade. Em agosto de 2024, ele havia determinado a suspensão das emendas, impondo a rastreabilidade dos repasses e a auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre os repasses feitos por meio das emendas do orçamento secreto.

Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.

Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Botão Voltar ao topo
Fechar

Permita anúncios para apoiar nosso site

📢 Desative o bloqueador de anúncios ou permita os anúncios em nosso site para continuar acessando nosso conteúdo gratuitamente. Os anúncios são essenciais para mantermos o jornalismo de qualidade.