A Polícia Federal (PF) revelou que um dos indiciados no inquérito que investiga um suposto plano golpista compartilhou uma foto do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com um general da reserva. A imagem mostra o ministro no aeroporto de Lisboa, em Portugal, antes de embarcar para Brasília em 20 de novembro de 2022.
O coronel da reserva do Exército, Reginaldo Vieira de Abreu, um dos três novos indiciados na quarta-feira (11/12/2024), enviou a foto ao general da reserva Mario Fernandes, um dos principais suspeitos de articular o plano golpista durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo a PF, Abreu estava no mesmo voo que o ministro Mendes. A descoberta da foto ocorreu durante a análise do sistema de armazenamento em nuvem de Fernandes, já indiciado em uma etapa anterior do inquérito.
O relatório de indiciamento, enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, afirma que o monitoramento de Gilmar Mendes ocorreu durante a elaboração da minuta do golpe. O documento, segundo a PF, foi produzido por aliados de Bolsonaro. O relatório cita um depoimento do colaborador Mauro Cesar Cid, afirmando que: "Importante contextualizar que a foto foi enviada no mês de novembro de 2022, no período em que os investigados tinham elaborado a primeira versão da minuta de golpe de Estado que previa, dentre outras medidas de exceção, a prisão do ministro Gilmar Mendes"
Questionado pelos investigadores sobre a foto, Abreu optou pelo silêncio. Com os três novos indiciamentos, o número total de indiciados no inquérito chega a 40, incluindo Jair Bolsonaro e os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno.
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