Justiça

MPDFT lança campanha Laço Branco contra a violência contra mulheres

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) iniciou, nesta sexta-feira (6 de dezembro de 2024), a Campanha do Laço Branco, em alusão ao Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

A iniciativa, que integra os “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, se estende de 20 de novembro (Dia da Consciência Negra) até 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos), data que marca o 76º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O procurador-geral de justiça do Distrito Federal e dos Territórios, Georges Seigneur, destacou em vídeo a responsabilidade coletiva no combate à violência contra as mulheres: “Vamos usar nossas vozes, ações e nosso compromisso para construir uma sociedade na qual as mulheres exerçam sua liberdade com respeito e sem medo. Que o Laço Branco seja, não apenas um símbolo, mas uma prática cotidiana de respeito e responsabilidade com o gênero feminino.”

Para a promotora de justiça Adalgiza Aguiar, coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos do MPDFT, “essa campanha que integra os 21 dias de ativismo representa um símbolo de respeito, igualdade e solidariedade”.

Campanha do Laço Branco: um movimento global

Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2001, a campanha Laço Branco busca engajar homens na luta contra a violência contra as mulheres. A data, 6 de dezembro, foi escolhida em memória do massacre na Escola Politécnica de Montreal, Canadá (1989), onde um homem matou 14 mulheres após expulsar os homens da sala de aula.

A iniciativa, presente em cerca de 60 países de todos os continentes, é considerada a maior do tipo pela ONU e conta com a colaboração de vários órgãos das Nações Unidas, especialmente o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), e organizações de mulheres.

Números alarmantes de violência contra a mulher no Brasil e no mundo

Dados da ONU Mulheres revelam que, em 2023, aproximadamente 51.100 mulheres e meninas foram mortas por parceiros íntimos ou familiares em todo o mundo – uma média de 140 por dia. No Brasil, o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2024) do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, indica um crescimento na violência contra a mulher, com 1.238.208 registros em 2023. Este número engloba agressões em contexto doméstico, homicídios e feminicídios (consumados e tentados), ameaças, perseguição (stalking), violência psicológica e estupro, com base em boletins de ocorrência.

Em 2023, o número de feminicídios cresceu 0,8% em relação ao ano anterior, totalizando 1.467 mulheres mortas por razões de gênero – o maior número registrado desde a tipificação do crime de feminicídio como hediondo pela Lei nº 13.104/2015.

A lei que tipifica o crime de feminicídio como hediondo está disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13104.htm

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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