Na madrugada desta sexta-feira (2), a Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu em flagrante um homem de 22 anos, suspeito de ter matado a própria sogra, uma mulher de 50 anos, no município de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal. A vítima foi identificada como Lidiane Maria Nascimento de Oliveira.
O crime aconteceu por volta das 2h da manhã em um condomínio no bairro Santo Antônio. De acordo com a Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que realizou a prisão por meio da 3ª Equipe de Plantão, o corpo de Lidiane foi encontrado já sem vida no quarto dela.
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O suspeito chegou a acionar a Polícia Militar e contou, inicialmente, que o imóvel havia sido invadido por dois homens durante a madrugada e que ele ainda tentou persegui-los. No entanto, a versão não se sustentou diante dos relatos colhidos no local pelos agentes da Polícia Civil.
Segundo as apurações iniciais, não havia sinais de arrombamento ou qualquer indício de que terceiros tivessem entrado na residência. Testemunhas ouvidas no local relataram que somente o suspeito foi visto entrando e saindo do apartamento naquela madrugada, o que descartou, preliminarmente, a possibilidade de invasão.
Um dos pontos mais relevantes para a investigação foi o depoimento da filha da vítima e companheira do suspeito, que declarou aos policiais que ele não estava com ela no momento do crime, contrariando o que o próprio homem havia alegado. Ela ainda afirmou que o encontrou no corredor do prédio, onde ele lhe disse que sua mãe havia sido assassinada.
Com base nas contradições e nos elementos colhidos ainda no local do crime, os agentes da DHPP deram voz de prisão em flagrante ao suspeito. O homem foi levado à Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal, onde foi lavrado o Auto de Prisão em Flagrante por feminicídio.
A Polícia Civil informou que o crime foi cometido com uso de força física, o que caracteriza a qualificadora de feminicídio nos termos do artigo 121, §2º, inciso VI, do Código Penal Brasileiro, com a agravante prevista no §2º-A, que trata de homicídio praticado contra mulher por razões da condição do sexo feminino.
O caso segue sob investigação da DHPP, que continua reunindo informações para esclarecer todas as circunstâncias do crime. A corporação reforça que denúncias anônimas podem ser feitas pelo Disque Denúncia 181, um canal seguro e confidencial que tem sido fundamental para o avanço de diversas investigações no estado.
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