O dólar comercial registrou uma queda de 1,4%, cotado a R$ 5,946, enquanto o dólar turismo fechou a R$ 6,182, com um recuo de 1,53%. O euro comercial também apresentou desvalorização, caindo 1,38% para R$ 6,195, e o euro turismo encerrou o dia cotado a R$ 6,456, com uma queda de 1,34%.
Na bolsa de valores, o Ibovespa teve um leve recuo de 0,07%, fechando em 123.254 pontos.
Entre as notícias do dia, o presidente argentino, Javier Milei, declarou estar disposto a retirar a Argentina do Mercosul para firmar um acordo de livre comércio com os Estados Unidos. Essa declaração foi feita durante um evento da Bloomberg em Davos, na Suíça, paralelo ao Fórum Econômico Mundial. Milei já havia expressado o desejo de impulsionar um tratado de livre comércio com Washington em 2025, ano em que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA.
Mercado de ações
No mercado de ações, a Vale (VALE3) teve um dia de forte queda, com suas ações despencando 2,52%, fechando a R$ 52,76. Os recibos de ação (ADRs) da empresa em Nova York também registraram desvalorização, porém, menos intensa, recuando 1,2%, a US$ 8,87. Segundo analistas, a queda pode ter sido intensificada pela liquidação de papéis por parte de um vendedor relevante. Além disso, os contratos futuros do minério de ferro também fecharam em queda na Bolsa de Dalian, na China, após nove pregões consecutivos de valorização. Analistas apontam para a volatilidade da commodity diante da possibilidade de conflito comercial entre China e Estados Unidos.
Por outro lado, as ações da Lojas Renner (LREN3) subiram 4,55%, atingindo R$ 13,09, apesar da notícia de que a empresa foi condenada a pagar R$ 100 mil de indenização por plágio de uma bolsa de luxo. A Vulcabras (VULC3) anunciou o pagamento de dividendos intercalares para seus acionistas, com um valor ajustado de R$ 33.848.375,00, o que corresponde a R$ 0,125 por ação.
O Citi cortou a recomendação para as ações da Ambev (ABEV3) de compra para neutra, reduzindo o preço-alvo de R$ 14,50 para R$ 11,80. As ações da companhia caíram 2,04%, fechando a R$ 11,02. A expectativa do banco é de um cenário mais desafiador para a empresa em 2025, devido a incertezas macroeconômicas.
Outras notícias do mercado
A CVM aceitou um acordo com diretores da Fertilizantes Heringer, que pagarão R$ 1,2 milhão em multas por falhas na prestação de informações aos acionistas e ao mercado.
A Abras, entidade do setor supermercadista, confirmou que sugeriu ao governo a flexibilização de contratos de trabalho e a venda de medicamentos em supermercados, visando a redução de custos e da pressão inflacionária dos alimentos. Além disso, propõe a reestruturação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) para eliminar a cobrança de altas taxas sobre as vendas por meio de vale-alimentação e vale-refeição.
Segundo a Anbima, a emissão de debêntures em 2024 atingiu um novo recorde, totalizando R$ 473,7 bilhões, o dobro do ano anterior. Desse montante, 90% foram adquiridos por fundos e intermediários do mercado financeiro. As emissões de renda fixa no mercado externo superaram US$ 20,1 bilhões, o maior volume desde 2021.
O mercado financeiro também está atento ao chamado “Golpe da Selfie”, onde golpistas usam a autenticação biométrica de ambientes bancários para aplicar fraudes, principalmente em idosos. A Febraban alerta para que as pessoas não aceitem tirar selfies para receber qualquer tipo de benefício.
O Brasil registrou um fluxo cambial negativo de US$3,804 bilhões em janeiro até o dia 17, com saídas líquidas tanto pelo canal financeiro quanto pelo comercial, informou o Banco Central.
A queda do dólar no mercado interno alivia as pressões sobre a inflação no Brasil, o que pode influenciar as próximas decisões de política monetária.
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