Dólar sobe e petróleo avança após acordo tarifário entre EUA e China

Dólar sobe e petróleo avança após acordo tarifário entre EUA e China
Imagem de Mike por Pixabay

Nesta segunda-feira (12), o dólar registrou alta frente ao real, acompanhando a valorização da moeda americana em relação a outras divisas globais. Esse movimento ocorreu após a diminuição das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, o que reduziu as preocupações de uma possível recessão na economia dos EUA.

O dólar à vista encerrou o dia com um aumento de 0,50%, cotado a R$5,6833. No acumulado do mês, a moeda americana apresenta uma elevação de 0,12%.

No mercado futuro, às 17h04 na B3, o contrato de dólar para junho, o mais líquido no momento, apresentava alta de 0,60%, atingindo R$5,7085.

Petróleo impulsionado por trégua comercial

Os contratos futuros de petróleo também fecharam em alta, impulsionados pela trégua tarifária entre as duas maiores economias do mundo. Esse acordo temporário aliviou as preocupações sobre a disputa comercial que ameaçava o crescimento econômico mundial e, consequentemente, a demanda global por petróleo. Apesar do avanço, os preços recuaram em relação aos picos atingidos durante a manhã.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho subiu 1,52% (US$ 0,93), fechando a US$ 61,95 o barril. Já o Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,64% (US$ 1,05), atingindo US$ 64,96 o barril.

Após negociações bilaterais em Genebra, EUA e China concordaram em suspender, por um período de 90 dias, a maior parte das tarifas de importação que haviam imposto um ao outro.

De acordo com Dennis Kissler, do BOK Financial, “para os *traders*, o acordo é um sinal de ‘retorno ao risco’, desencadeando a cobertura de posições vendidas em petróleo, com a expectativa de que os temores sobre a demanda global diminuam“.

Paralelamente, as negociações em torno do programa nuclear iraniano podem levar a um alívio das sanções impostas ao país, o que, segundo analistas, poderia exercer pressão negativa sobre os preços do petróleo.

Analistas do ING alertam que, apesar da trégua temporária, persistem dúvidas sobre o desfecho das negociações e o nível final das tarifas. Eles afirmam que “a incerteza ainda é alta, e a volatilidade permanecerá elevada nos mercados de *commodities*”.

Adicionalmente, a valorização do dólar, impulsionada pela diminuição das tensões comerciais, pode limitar o potencial de alta dos contratos futuros de petróleo.

Apesar da recente recuperação, os preços da *commodity* acumulam uma queda de mais de 11% no ano, em virtude das preocupações com o aumento da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e o alívio de tensões geopolíticas, em particular envolvendo Rússia e Ucrânia.

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