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Dólar tem maior sequência de quedas desde o Plano Real e fecha abaixo de R$ 5,80

Em um cenário de volatilidade no mercado financeiro, o dólar registrou sua 12ª queda consecutiva, fechando o dia abaixo de R$ 5,80, um patamar não visto desde meados de novembro. Paralelamente, a bolsa de valores apresentou recuo após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

O dólar comercial encerrou a terça-feira (4) cotado a R$ 5,771, refletindo uma queda de R$ 0,022, equivalente a 0,76%. Apesar de iniciar o dia próximo à estabilidade, influenciado pelas retaliações da China em resposta à elevação de tarifas pelo governo de Donald Trump, a moeda americana intensificou sua trajetória de queda no final da manhã, impulsionada pela divulgação de dados econômicos considerados fracos nos Estados Unidos. Para entender melhor as reações do mercado a esses eventos, veja essa matéria sobre como o Dólar sobe para R$ 5,87 após anúncio de tarifas de Trump e retaliações.

Atingindo a menor cotação desde 19 de novembro, o dólar acumula uma expressiva queda de 6,59% em 2025. Este desempenho marca a maior sequência de quedas diárias desde a implementação do Plano Real. Recentemente, o Dólar recuou para R$ 5,75 com arrefecimento de ameaças tarifárias de Trump, mostrando a sensibilidade da moeda a fatores externos.

O mercado de ações enfrentou um dia de maior instabilidade. O índice Ibovespa, da B3, encerrou o pregão aos 125.147 pontos, com um recuo de 0,65%. As ações de empresas exportadoras lideraram as perdas, sendo parcialmente compensadas pelo desempenho positivo dos papéis de instituições financeiras. Acompanhe também como o Ibovespa recua após taxação dos EUA sobre importações chinesas; dólar registra forte queda.

A desvalorização do dólar foi um movimento global, desencadeado pela divulgação de que o número de vagas de trabalho abertas nos Estados Unidos sofreu uma queda de 556 mil em janeiro. Essa desaceleração no mercado de trabalho eleva as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) possa adotar cortes de juros mais agressivos do que o previsto. A redução das taxas de juros em economias avançadas tende a estimular o fluxo de capitais para países emergentes, como o Brasil. Isso ocorre em um cenário onde o Brasil assume liderança mundial em juros reais após corte na Argentina.

No mercado de ações, a divulgação da ata do Copom intensificou a pressão de baixa sobre os preços das ações. A ata, que foi interpretada como “dura” por analistas, revelou preocupações com a possibilidade de que a inflação dos alimentos se alastre para outros setores da economia. Esse cenário reacendeu os temores de que o BC possa elevar as taxas de juros após a reunião de março, o que poderia impulsionar a migração de investimentos da bolsa para aplicações de renda fixa, como títulos públicos.

 

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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