Em um cenário de recuperação do mercado financeiro, o dólar comercial apresentou sua sétima queda consecutiva nesta segunda-feira (28), fechando a R$ 5,648. A bolsa de valores também registrou alta, impulsionada por fatores internos e alcançando seu maior nível desde setembro do ano anterior.
Desempenho do Dólar
Não perca nada!
Faça parte da nossa comunidade:
A moeda americana encerrou o dia com uma desvalorização de 0,68%, equivalente a R$ 0,039. Após um início de dia estável, a cotação atingiu R$ 5,65 por volta das 11h, subiu para R$ 5,68 no início da tarde, e recuou novamente, fechando próxima à mínima diária. No acumulado de abril, o dólar já registra uma queda de 1,02%, e no ano, a desvalorização chega a 8,6%. Nos últimos sete pregões, a moeda americana já caiu 4,11%.
Ibovespa em Ascensão
O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia com 135.015 pontos, um aumento de 0,2%. A valorização de papéis de bancos, construtoras e empresas de educação compensou a queda das ações de petroleiras, influenciadas pela baixa do petróleo no mercado internacional.
Após avançar até os 135.709 pontos, o Ibovespa B3 perdeu força ao longo da sessão desta segunda-feira e encerrou em leve alta de 0,21%, aos 135.016 pontos, chegando a tocar os 134.711 pontos, na mínima do dia. Com o recuo das ações da Petrobras e uma alta mais contida das demais blue chips, o índice encontrou dificuldade para manter um movimento positivo mais robusto durante um pregão. Para entender melhor as dinâmicas do mercado, confira este artigo sobre como o Ibovespa perde fôlego após atingir máxima de sete meses em meio a tensões comerciais EUA-China.
Influência de Fatores Internos
Sem grandes novidades no cenário da guerra comercial entre EUA e China, o mercado financeiro foi influenciado por fatores domésticos. A declaração do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, sobre as expectativas de inflação ainda serem consideradas desconfortáveis, aumentou as expectativas de um possível aumento da Taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Essa perspectiva de taxas mais altas no Brasil atrai capitais financeiros para o país, fortalecendo o real em relação a outras moedas de países emergentes.
Desempenho das Ações na B3
Na contramão do recuo nos preços do contrato futuro de minério de ferro em Dalian, as ações da Vale encerraram em alta de 0,35%, em um movimento de correção depois de tombar mais de 2% na sexta-feira.
Já as ações da Petrobras recuaram: as PN caíram 0,39%, enquanto as ON cederam 0,64%. O dia foi de perdas para os preços de petróleo em meio às incertezas sobre o aumento de produção pela Opep+.
Ações domésticas foram destaque de alta: Lojas Renner (+3,32%), Yduqs (+3,11%), Petz (+2,65%) e Cyrela (+2,45%). Já a maior valorização ficou para os papéis da Automob, que subiram 8,33%, com a notícia de que o conselho de administração aprovou a proposta de grupamento das ações ordinárias.
O volume financeiro do Ibovespa na sessão foi de R$ 14,6 bilhões e de R$ 20,5 bilhões na B3.
Cenário Internacional
Em um dia marcado pela alta volatilidade em Wall Street e um desempenho ruim de empresas ligadas ao setor de tecnologia, as principais bolsas de Nova York fecharam mistas. Os agentes financeiros seguem em compasso de espera pela divulgação dos resultados trimestrais de quatro das “Sete Magníficas” — Apple, Meta, Amazon e Microsoft — no final da semana, além de dados de economia real.
- O índice Dow Jones subiu 0,28%, aos 40.227,59 pontos, após oscilar entre os campos negativo e positivo durante a tarde.
- O S&P 500 passou a maior parte do pregão exibindo perdas, mas finalizou o dia com alta de 0,06%, aos 5.528,73 pontos.
- O pior desempenho foi do Nasdaq, com queda de 0,10%, aos 17.366,13 pontos, arrastado pelo desempenho ruim do setor de tecnologia (-0,30%).
Alguns dos piores desempenhos foram das ações da Alphabet (-0,84%) e Nvidia (-2,13%). Os investidores também se mostraram apreensivos antes da divulgação de resultados trimestrais, levando as ações da Amazon (-0,70%) e Microsoft (-0,18%) a caírem. Por outro lado, Apple (0,41%) e Meta (0,47%) terminaram o dia no positivo, apesar de terem passado a maior parte do dia em queda.
