Dólar sobe impulsionado por corte de impostos nos EUA, apesar da queda inicial

Dólar sobe impulsionado por corte de impostos nos EUA, apesar da queda inicial
Imagem de Larry White por Pixabay

O dólar iniciou o pregão desta quarta-feira (26) com uma leve queda, reflexo da divulgação de uma pesquisa Genial/Quaest que apontou a impopularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acima de 60% em seis estados brasileiros. Para os investidores, essa baixa popularidade reduz os riscos fiscais a médio prazo, afetando a percepção de risco político no país.

No entanto, essa tendência de baixa foi de curta duração. A moeda americana logo se estabilizou e, em seguida, iniciou uma alta consistente, acompanhando o movimento do mercado internacional. Este movimento ascendente é atribuído à aprovação de um projeto de orçamento pela Câmara dos EUA, o qual, segundo Chris Turner, analista de câmbio do banco ING, é visto como um passo importante para cortes de impostos da ordem de US$ 4 trilhões.

Às 12h04, o dólar registrava alta de 0,70%, cotado a R$ 5,80. Turner destaca que, embora o projeto não detalhe mudanças específicas nos gastos ou receitas, a expectativa de cortes tributários significativos impulsiona a moeda americana. A aprovação também eleva o teto da dívida em US$ 4 trilhões, adiando o risco de um fechamento do governo estadunidense.

O retorno do foco do mercado financeiro para os cortes de impostos pode dar um pouco de tempo para o dólar antes que a atenção volte ao comércio“, afirma Turner. Ele alerta, no entanto, que a questão das tarifas comerciais deve voltar a gerar incertezas na próxima semana, com o prazo final de 4 de março para as tarifas contra o Canadá e o México se aproximando.

Dados econômicos dos EUA devem impactar a cotação do dólar. As vendas de moradias novas, a serem divulgadas hoje, fornecerão informações relevantes sobre o aquecimento da economia americana. Além disso, as negociações para um possível acordo de paz entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, para o fim da guerra na Ucrânia, também permanecem no radar dos investidores, podendo gerar volatilidade no mercado cambial. 

Vale lembrar que, na terça-feira (25), ao término do pregão, o dólar havia fechado com queda de 0,01%, cotado a R$ 5,75. No entanto, nas primeiras horas de negociação, chegou a registrar alta de 1,01%, atingindo R$ 5,81.

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