O vice-presidente Geraldo Alckmin comemorou nesta sexta-feira (6 de dezembro de 2024) o anúncio do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, descrevendo-o como um marco histórico e estratégico. Após mais de duas décadas de negociações e 33 anos de existência do Mercosul, o acordo finalmente foi anunciado.
Um acordo global de grandes proporções
Para Alckmin, o acordo representa o maior pacto entre blocos econômicos do mundo, abrangendo mais de 700 milhões de pessoas. Ele destacou a importância do acordo em um cenário geopolítico fragmentado e polarizado, chamando-o de “prova de diálogo e boa política”.
Próximos passos e prazos
Embora o acordo tenha sido anunciado, sua entrada em vigor depende de algumas etapas importantes. A tradução para os 24 idiomas oficiais dos países envolvidos é um dos primeiros passos. Em seguida, o acordo precisa ser aprovado pela Comissão Europeia e pelo Parlamento Europeu, além de ser ratificado pelos quatro países membros do Mercosul: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Alckmin mencionou a possibilidade da Bolívia integrar o acordo futuramente.
O vice-presidente ressaltou a impossibilidade de definir uma data precisa para a assinatura formal, mas explicou que após a aprovação em todos os parlamentos, a implementação será imediata. Ele enfatizou que os termos do acordo já estão definidos e não podem ser alterados, mesmo em caso de divergências por parte de algum país.
Superando resistências e projeções otimistas
Alckmin comentou sobre a resistência de alguns países, como a França, mas expressou confiança em superar esses obstáculos, afirmando que com o anúncio e celebração do acordo, “ele está feito”. Ele destacou que o acordo é vantajoso para todas as partes, resultando em um “ganha-ganha”. O apoio dos setores primário, secundário e de serviços brasileiros ao acordo foi mencionado como fator de otimismo, considerando a limitação de acordos do Mercosul até então.
Impacto econômico positivo previsto
Projeções apontam um crescimento de 6,7% nas exportações brasileiras para a União Europeia. Para o setor de serviços, a estimativa é de um aumento de 14,8%, enquanto na indústria de transformação, a projeção é de um crescimento de 26,6%. Alckmin concluiu afirmando que o acordo é benéfico não só para os países do Mercosul e a UE, mas também para a geopolítica mundial, em um momento de tensões e fragmentação.
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