Carnaval de Natal 2025: prioridade da gestão é saúde e educação, mas projetos culturais serão mantidos

A tradicional festa do Carnaval de Natal, que passou por um período de revitalização sob as gestões de Carlos Eduardo e Álvaro Dias, enfrenta um novo capítulo com a administração do prefeito Paulinho Freire (União Brasil). Apesar da experiência do prefeito no setor de eventos, a atual gestão prioriza investimentos em saúde e educação, conforme declarado pela secretária de Cultura e presidente da Fundação Capitania das Artes (Funcarte), Iracy Azevedo.

Segundo Azevedo, a prefeitura buscará realizar um Carnaval enxuto, priorizando o equilíbrio financeiro. O foco principal da administração é a erradicação das filas de espera nas creches e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). “O objetivo do prefeito é fila zero nas creches e nos CMEIs. Então, se o Carnaval for interferir nisso, a gente tem um lençol curto. Como toda prefeitura que se preze, a cobertura orçamentária não é para tudo“, detalhou a secretária.

A secretária de cultura ressaltou que o evento carnavalesco só será realizado se não comprometer financeiramente as áreas de saúde e educação. “Nós estamos analisando o custo desse evento de Carnaval, que é calendário, que é oficial, mas ele só será realizado se ele não interferir financeiramente nas prioridades da educação e da saúde”, afirmou.

Mesmo diante da cautela com os gastos, a gestão reconhece a importância do Carnaval para o turismo local. “Na hora que eu faço um evento voltado para Natal, eu estou voltando também para o turismo de Natal. A gente tem a visão turística, não é só para a população de Natal”, explicou Iracy Azevedo.

Projetos para o Carnaval já foram elaborados, mas sua execução depende da análise do impacto financeiro nas prioridades da gestão. “Temos vários projetos planejados, agora a gente só define quando a gente conseguir fazer o comparativo entre o Carnaval e a educação”, disse a secretária, que também possui experiência no setor de eventos.

Sob as gestões anteriores, o Carnaval de Natal foi resgatado e ampliado, com a criação de múltiplos polos culturais na Redinha, Ribeira e Ponta Negra. A administração de Paulinho Freire, apesar da experiência do prefeito e da secretária no setor de eventos, prioriza agora o alinhamento com as necessidades orçamentárias e a otimização dos recursos em áreas essenciais. Iracy Azevedo, que também foi diretora da Destaque Promoções, destacou a importância do planejamento e da responsabilidade fiscal.

Novas iniciativas culturais em Natal

Além das definições sobre o Carnaval, a gestão de Paulinho Freire também planeja novas ações para fortalecer o setor cultural. Entre as iniciativas, destaca-se o retorno da Banda Sinfônica de Natal, que estava inativa. “Dentro dos 120 dias iniciais, estamos focados no reordenamento administrativo e no retorno da Banda Sinfônica aos ensaios e apresentações”, informou Iracy Azevedo ao Agora RN.

Outro projeto a ser implementado é o Teatro na Praça, que busca descentralizar a cultura e promover eventos em diferentes comunidades. “O Teatro na Praça vai envolver não só a educação, não só a cultura, não só o esporte, mas o segmento governamental. É um projeto que absorve todas as secretarias que têm atividade fim“, detalhou a secretária de Cultura.

A criação da Escola de Música de Natal é outro objetivo da gestão. “Estamos elaborando projetos de captação de recursos para metas que queremos cumprir, como a implantação da Escola de Música. O nosso projeto é ambicioso e esperamos que consigamos realizá-lo”, explicou Iracy. A meta é iniciar os estudos de viabilidade e captação de recursos para implementar o projeto nos próximos quatro anos.

Os primeiros 120 dias de gestão também serão dedicados à organização da Secretaria de Cultura, com a criação de um regimento interno e o estabelecimento de regras e procedimentos administrativos. “Esses primeiros meses serão para reordenamento administrativo, onde vamos criar o regimento interno, regras e procedimentos administrativos, além de ações que possamos executar sem grandes impactos no erário municipal”, explicou Iracy.