A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) divulgou, nesta quarta-feira (26), a previsão de chuvas para os próximos três meses no Estado: março, abril e maio. A expectativa é de que o volume de precipitações fique dentro da média histórica para o período em todo o estado.
De acordo com Gilmar Bistrot, chefe do núcleo de meteorologia da Emparn, as regiões do litoral e do Alto Oeste devem concentrar as maiores quantidades de chuva. “Normalmente nessas duas regiões esse período do ano chove mais. Então teremos mais chuvas na região do Alto Oeste e menos chuvas na região do Agreste, por exemplo“, explicou.
A Emparn estima um acumulado de 433,2 mm de chuva no estado nos próximos três meses, distribuídos da seguinte forma:
- 159,7 milímetros em março
- 164,8 milímetros em abril
- 108,7 milímetros em maio
Bistrot ressalta que a maior incidência de chuvas no litoral leste é característica do período. “Nós temos um mês de março que chove bastante, e abril é o segundo mês que mais chove em Natal, perdendo para o mês de junho“, afirmou.
A previsão de chuvas dentro da normalidade está relacionada ao enfraquecimento do fenômeno La Niña. Segundo o meteorologista, “La Niña é um fenômeno em que as águas do Oceano Pacífico ficam mais frias do que o normal na superfície, desde a costa da América do Sul até a Oceania. Então essa faixa central do Oceano Pacífico, quando apresenta essas características de água mais fria que o normal, você tem evidências do fenomeno La Niña“.
Ele complementa: “Esse ano nós temos um La Niña fraco, que deverá ficar num estado neutro nos próximos meses, mas que não deverá influenciar de forma negativa nas chuvas no Nordeste“.
Apesar da expectativa de chuvas dentro da normalidade, o meteorologista alerta para a possibilidade de ocorrência de veranicos – períodos de estiagem dentro da estação chuvosa. “Isso aí tem baixa previsibilidade, a gente não sabe dizer com antecedência quando e onde vão acontecer esses veranicos“, disse.
Ainda assim, a Emparn avalia que o volume de chuvas previsto é suficiente para garantir o plantio de culturas como feijão, sorgo e, em algumas regiões, milho. “Esse volume vindo de forma bem distribuída ao longo do tempo e atendendo todos os municípios é suficiente pra plantar feijão, sorgo e, em algumas regiões, o milho“, concluiu Bistrot.
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