Na última segunda-feira (27), o Papa Francisco afirmou durante discurso na Pontifícia Academia de Ciências, que a Teoria da Evolução e o Big Bang são reais. Ele ainda criticou a interpretação das pessoas que leem o Gênesis, primeiro livro da Bíblia, achando que Deus “tenha agido como um mago, com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas”. As informações são do portal G1.
Ainda de acordo com o Papa, a criação do mundo “não é obra do caos, mas deriva de um princípio supremo que cria por amor”. O sumo pontífice participava da inauguração de um busto de bronze em homenagem ao Papa Emérito Bento XVI. Ele ainda completou: “O Big Bang não contradiz a intervenção criadora, mas a exige”.
O Big Bang, ou a Grande Explosão, é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do universo. Os cosmólogos usam o termo “Big Bang” para se referir à ideia de que o universo estava originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado e, desde então tem se resfriado pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente. A teoria é sustentada por explicações mais completas e precisas a partir de evidências científicas disponíveis e da observação. De acordo com as melhores medições disponíveis em 2010, as condições iniciais ocorreram por volta de 13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás.
A Teoria da Evolução, iniciada pelo britânico Charles Darwin (1809-1882), diz que os seres vivos não são imutáveis e se transformam de acordo com sua melhor adaptação ao meio ambiente, pela seleção natural.
O Papa Francisco acrescentou dizendo que a “evolução da natureza não é incompatível com a noção de criação, pois exige a criação de seres que evoluem”. Segundo ele, as pessoas não entendem a origem do mundo quando leem o livro Gênesis e pensa que Deus agiu como um mago. “Mas não é assim”, explica.
Segundo Francisco, o homem foi criado com uma característica especial – a liberdade – e recebe a incumbência de proteger a criação, mas quando a liberdade se torna autonomia, destrói a criação e homem assume o lugar do criador.
“Ao cientista, portanto, sobretudo ao cientista cristão, corresponde a atitude de interrogar-se sobre o futuro da humanidade e da Terra; de construir um mundo humano para todas as pessoas e não para um grupo ou uma classe de privilegiados”, concluiu o pontífice.
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