Atrasos salariais e a ausência de pagamento dos vales-alimentação levaram os funcionários das empresas JMT e Fortex, responsáveis pelos serviços de alimentação em unidades de saúde do Rio Grande do Norte, a deflagrar uma greve. A paralisação impacta diretamente o funcionamento do Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, e o Hospital Regional Monsenhor Antônio Barros, localizado em São José de Mipibu.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN), a motivação principal da greve é o não pagamento dos salários referentes ao mês de março. A situação se agrava com a denúncia do sindicato sobre a suspensão do fornecimento de alimentação para funcionários, médicos e acompanhantes nos hospitais afetados.
Em nota, Rosália Fernandes, coordenadora do Sindsaúde/RN, expressou a insatisfação da categoria: “Quase todos os meses, o sindicato vem a público denunciar essa situação e cobrar que o governo e a Sesap se posicionem. Essa postura de jogar a culpa apenas na empresa privada e ficar de braços cruzados não cola mais. Não dá para os trabalhadores pagarem essa conta. Queremos uma resposta.”
Embora a greve esteja em curso, os trabalhadores garantem que 30% do efetivo permanece em atividade, conforme determina a legislação, para assegurar a continuidade mínima dos serviços essenciais. Contudo, a interrupção total do fornecimento de refeições representa um desafio significativo para o cotidiano das unidades de saúde.
Reivindicações dos grevistas
Os funcionários em greve apresentam as seguintes demandas:
- Pagamento integral e imediato dos salários atrasados.
- Regularização do pagamento dos vales-alimentação.
- Garantia do fornecimento regular de refeições nos hospitais.
- Fiscalização rigorosa da atuação das empresas contratadas.
- Posicionamento efetivo do Governo do Estado em relação à continuidade e qualidade dos serviços públicos de saúde.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.