Política

Mudanças em redes sociais prejudicam a democracia, afirma futuro ministro da Secom

O publicitário Sidônio Palmeira, futuro ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), expressou preocupação em relação às recentes alterações anunciadas pela Meta, empresa controladora de plataformas como Facebook, Instagram e Whatsapp. As mudanças incluem o fim da checagem de fatos, o relaxamento de restrições sobre temas como migração e gênero e a priorização de conteúdos com teor político-ideológico.

Em declaração a jornalistas no Palácio do Planalto, após participar de ato em defesa da democracia, Palmeira criticou as novas políticas da Meta, afirmando: “Isso é ruim pra democracia. Por quê? Porque você não faz o controle da proliferação do ódio, da desinformação, da fake news. Esse que é o problema. E a gente precisa ter um controle. É preciso ter uma regulamentação das redes sociais.” Ele argumentou que a falta de controle sobre a disseminação de desinformação e discurso de ódio nas redes sociais representa um sério problema para a democracia.

Palmeira ressaltou a necessidade de regulamentação das redes sociais, citando exemplos de outros países que já adotaram medidas para controlar plataformas digitais. “Isso tem que estar acontecendo na Europa, nos países daqui. Por que que nos Estados Unidos, muitas vezes, botam pra fora lá o TikTok e não querem? Por que que a China barra isso? E por que que a gente fica exposto a tudo isso? Essa é a pergunta”, questionou o futuro ministro, enfatizando a importância de o Brasil estabelecer seus próprios critérios e não se sujeitar passivamente às decisões de empresas estrangeiras.

Embora as novas regras da Meta sejam, inicialmente, válidas apenas nos Estados Unidos, o futuro ministro garantiu que o Brasil poderá adotar outras medidas, exercendo sua soberania. “Agora, a decisão da meta é uma decisão de uma empresa. O governo brasileiro e a justiça brasileira podem adotar outros critérios. Claro, claro. A gente tem um país autônomo, independente, que vai tomar as medidas necessárias”, assegurou o publicitário.

O atual secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, já havia criticado a decisão da Meta, afirmando que a empresa sinaliza não aceitar a soberania dos países no ambiente digital e antecipa ações do futuro governo de Donald Trump nos Estados Unidos.

Sidônio Palmeira, anunciado como novo ministro da Secom, substituirá Paulo Pimenta e tomará posse na próxima terça-feira. Ele informou que o presidente Lula espera que a Secom consiga comunicar as ações do governo de forma eficaz para a população nos próximos dois anos. Palmeira explicou que o governo reconhece a necessidade de alinhar a expectativa, as ações e a percepção popular, e que a comunicação, gestão e política são elementos-chave para alcançar esse objetivo. “O governo tem muita coisa e a sensação que eu tenho é o seguinte, a expectativa do governo é maior do que o governo e o governo é maior do que a percepção popular. O ideal, no governo, é que os três [pontos] estejam alinhados. É nossa compreensão. E aí, como fazer isso? Aí tem a questão de comunicação, tem a questão de gestão e tem a questão de política”, observou o novo ministro.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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