Política

Indefinições sobre emendas podem travar pacote econômico, alerta Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), expressou preocupação com a tramitação do pacote econômico do governo, apontando as indefinições sobre as emendas parlamentares como um entrave significativo. Segundo Lira, a divergência entre as novas regras para pagamento de emendas, determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, e a lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República, cria um impasse que dificulta a aprovação do pacote.

Em agosto, o ministro Dino suspendeu o pagamento das emendas, liberando os recursos posteriormente com novas regras. Para Lira, essa decisão judicial contrapõe a legislação em vigor, gerando insatisfação e incerteza no processo de votação do ajuste fiscal. Ele destacou a existência de temas polêmicos na proposta do Executivo, citando as mudanças no salário mínimo, no abono salarial e no Benefício de Prestação Continuada (BPC) como pontos particularmente sensíveis.

Lira também afirmou que o governo não possui os votos necessários para aprovar o pacote, comparando a dificuldade de aprovação das urgências com o quórum necessário para aprovar uma PEC (proposta de emenda à Constituição), que exige 308 votos favoráveis na Câmara. Apesar da aprovação do regime de urgência para duas propostas do ajuste fiscal, o presidente da Câmara enfatiza a necessidade de resolver o impasse das emendas e os pontos controversos do pacote para garantir sua aprovação.

O pacote de ajuste fiscal inclui três propostas: o Projeto de Lei 4614/24, que limita o ganho real do salário mínimo; o Projeto de Lei Complementar (PLP) 210/24, que autoriza o governo a limitar créditos tributários em caso de déficit; e a PEC 45/24, que restringe o acesso ao abono salarial gradualmente. O governo publicou uma portaria para tentar alinhar as normas das emendas parlamentares à decisão do STF, buscando maior transparência e rastreabilidade.

Lira criticou a interferência em atribuições constitucionais de outros poderes, afirmando defender a independência dos Três Poderes. Ele convocou sessões de segunda a sexta nas últimas duas semanas antes do recesso parlamentar, garantindo tempo para discussão e buscando a indicação dos relatores do pacote ainda no dia da entrevista. Apesar da possibilidade de votação ainda naquela semana, o presidente da Câmara reconheceu a complexidade das discussões e a necessidade de busca por um equilíbrio entre as expectativas do mercado e os interesses sociais. Além do pacote econômico, outras pautas, como projetos relacionados à segurança pública e ao turismo, estão previstas para votação antes do recesso, além da possibilidade do retorno da reforma tributária à Câmara após a conclusão da votação no Senado. Reforma Tributária

https://www.camara.leg.br/noticias/1117909-CAMARA-APROVA-REGIME-DE-URGENCIA-PARA-DUAS-PROPOSTAS-DO-AJUSTE-FISCAL

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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