Dezoito projetos de lei sobre segurança pública tiveram o regime de urgência aprovado na Câmara dos Deputados na segunda-feira (9). A votação em plenário está prevista para começar nesta terça-feira (10). As propostas, negociadas pelas lideranças partidárias, englobam diversas áreas, desde o combate ao crime organizado até a proteção de crianças e profissionais de segurança.
Entre os projetos aprovados, está o PL 7885/17, que transfere a responsabilidade pela custódia provisória de armas apreendidas dos órgãos da Justiça. Outro destaque é o PL 3781/21, que prevê um benefício especial para filhos menores de 18 anos de vítimas de feminicídio de baixa renda.
A segurança escolar também é foco, com o PL 1672/23 propondo a instalação de detectores de metais e cercas elétricas em creches e escolas públicas e privadas. Já o PL 3191/24 tipifica como crime a obstrução de vias públicas com o uso de barricadas para fins criminosos ou para impedir a ação policial.
Para o setor financeiro, o PL 5265/23 estabelece regras para planos de defesa contra roubos em empresas de transporte de valores e resgates de presos. O crime organizado transnacional também é alvo, com o PL 4120/24 prevendo a cooperação entre diferentes esferas de governo para enfrentá-lo.
A proposta PL 6158/23 determina a instalação de bloqueadores de celular em presídios pelas operadoras de telefonia móvel, enquanto o PL 2710/23 cria um serviço de apoio psicossocial para profissionais de segurança envolvidos em ações letais. Um cadastro nacional de pedófilos condenados é proposto pelo PL 3976/20.
Outros projetos contemplam o aumento de penas para furto, roubo e receptação de fios e cabos (PL 4997/19), a criação de um programa nacional para prevenção e combate à vitimização de profissionais de segurança (PL 779/24), e a obrigatoriedade de dispositivos internos para abertura do porta-malas em veículos (PL 1434/23).
O PL 4017/23 cria o Dia e a Semana Nacional da Segurança Pública Cidadã, e o PL 2600/23 tipifica a violação ou troca de bagagem ou etiqueta de mala de passageiro como crime, com aumento de pena para funcionários de empresas de transporte. A utilização da tecnologia da informação no direito é regulamentada pelo PL 4939/20, que estabelece diretrizes sobre a obtenção e admissibilidade de provas digitais.
Por fim, o PL 3890/20 propõe a criação do Estatuto da Vítima, e o PL 2548/24 aumenta os percentuais exigidos para a progressão de regime fechado para semiaberto. A aprovação do regime de urgência permite que esses projetos sejam votados diretamente no plenário, sem passar pelas comissões da Câmara.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.