O senador Lindsey Graham, republicano da Carolina do Sul e presidente do Comitê de Orçamento do Senado, expressou em entrevista à Fox News a urgência de fortalecer a fronteira dos Estados Unidos com o México. Segundo Graham, é fundamental iniciar deportações em massa o mais rápido possível para garantir a segurança nacional. A declaração veio em meio a discussões sobre o projeto de lei de reconciliação orçamentária, que preocupa alguns membros do partido do presidente eleito Donald Trump por tentar abordar muitos assuntos simultaneamente.
“Estou muito preocupado que, se não colocarmos a fronteira em primeiro lugar e resolvermos isso, será um pesadelo para nossa segurança nacional”, afirmou Graham à apresentadora Maria Bartiromo. Ele ressaltou que “temos milhões de imigrantes ilegais que o presidente Trump prometeu deportar, e ele deveria. Por que estamos fazendo deportação em massa? Porque tivemos imigração ilegal em massa”.
O senador argumenta que a construção do muro na fronteira e a contratação de mais agentes de imigração custariam cerca de US$ 100 bilhões. No entanto, Graham reconhece a dificuldade em conseguir a aprovação desse valor pelos Democratas: “Não há nenhuma chance de os democratas nos darem US$ 100 bilhões para deportação em massa”. Apesar do desafio, ele enfatizou que “apoiarei o que quer que nos faça cruzar a linha de chegada, mas estou preocupado com a demora quando se trata de segurança na fronteira. Demora significa perigo”.
Graham também defendeu o aumento dos gastos militares e alertou seus colegas que desejam priorizar a política tributária a não fazerem da segurança na fronteira um “refém” nesse processo. “Vocês estão jogando roleta russa com nossa segurança nacional”, advertiu o senador. Ele enfatizou a necessidade de uma ação rápida para evitar possíveis ameaças à segurança dos Estados Unidos.
O presidente da Câmara, Mike Johnson, republicano da Louisiana, também se pronunciou na Fox News sobre a agenda do partido. Ele mencionou que, além de cortar impostos e regulamentações para impulsionar a indústria dos EUA, a agenda inclui “desmantelar o estado profundo”. Johnson destacou a segurança na fronteira, os cortes de impostos e a desregulamentação como as principais prioridades da próxima administração.
Embora Donald Trump tenha vencido as eleições presidenciais de 2024, seu partido detém uma maioria pequena na Câmara e no Senado. Atualmente, os Republicanos estão elaborando um projeto de lei de financiamento que passará pelo processo de reconciliação, o que lhes permitiria a aprovação sem a necessidade de votos dos Democratas.
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