Um detento, identificado como Philippe, de 37 anos, nascido na Guiana, se rendeu às autoridades francesas na última sexta-feira, após manter cinco funcionários como reféns em uma unidade correcional na cidade de Arles, na França. A situação de crise, que se desenrolou na Maison Centrale d’Arles, uma prisão que abriga condenados por crimes violentos, terminou sem feridos.
O preso, que cumpre pena desde 2015 por estupro à mão armada, além de possuir outras condenações por violência e roubo qualificado, iniciou a tomada de reféns na quinta-feira, dentro da ala hospitalar da prisão. As vítimas foram um médico, três enfermeiras e um guarda prisional. O médico foi liberado ainda durante o dia, em meio às negociações com as autoridades.
“O sequestrador da prisão central de Arles foi preso”, anunciou o ministro da Justiça francês, Gerald Darmanin, na sexta-feira à tarde, aliviando a tensão que se instalara na região. Segundo o ministro, ninguém ficou ferido durante o processo de rendição.
Segundo informações da polícia, Philippe teria improvisado uma espécie de arma branca com pontas de metal. O criminoso exigia sua transferência para outra unidade prisional. Fontes da polícia informaram à BFM TV que o detento apresentava um “perfil psiquiátrico instável”, embora o Ministério Público de Tarascon tenha afirmado que “não havia elementos psicóticos” envolvidos na ação.
Para lidar com a situação, o governo francês mobilizou a força especial de intervenção RAID para Arles, caso as negociações com o presidiário falhassem. A situação ocorreu um dia após o ministro Darmanin visitar prisões em Marselha, e expressar seu desejo de aumentar as penas de detentos que ameaçassem “agentes do Estado”, como magistrados e guardas prisionais.
A Maison Centrale d’Arles, localizada no vale do Ródano, tem capacidade para 159 detentos e está operando com 85% de sua ocupação. A situação levantou debates sobre as condições de segurança e a necessidade de melhorias no sistema prisional francês.
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