A Casa Branca confirmou nesta quinta-feira (10) que os Estados Unidos vão comprar meio bilhão de doses de vacinas do consórcio Biontech/Pfizer para doá-las a 92 países de baixa e média renda e à União Africana.
O Brasil não faz parte da lista, que é formada predominantemente por nações da África e da Ásia, incluindo a Coreia do Norte e a Síria. As Américas do Sul e Central estão representadas na relação por Bolívia, Dominica, El Salvador, Granada, Guiana, Haiti, Honduras, Nicarágua, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas.
“Hoje o presidente Biden vai anunciar que o governo dos EUA vai comprar meio bilhão de doses da vacina de Covid-19 da Pfizer/Biontech e doá-las para 92 países de baixa e média renda”, diz um comunicado da Casa Branca.
A lista foi definida com base em critérios estabelecidos pela aliança Gavi, instituição ligada à Fundação Bill e Melinda Gates e que contribui para o mecanismo Covax Facility.
“As vacinas começarão a ser enviadas em agosto de 2021. 200 milhões de doses serão entregues até o fim deste ano, e as 300 milhões restantes serão entregues na primeira metade de 2022”, acrescenta o governo americano.
Os imunizantes serão produzidos em quatro fábricas da Pfizer nos EUA: Kalamazoo (Michigan), McPherson (Kansas), Chesterfield (Missouri) e Andover (Massachusetts).
“Dezenas de milhões de americanos se beneficiaram dessas vacinas seguras e eficazes, e essa doação histórica vai levar os benefícios salva-vidas dessas vacinas para algumas das populações mais vulneráveis do mundo”, ressalta o comunicado.
No início de junho, o governo Biden já havia anunciado a doação de 80 milhões de doses do estoque dos EUA por meio da Covax Facility. Até o momento, 64% dos habitantes adultos do país já tomaram pelo menos uma dose de vacinas anti-Covid.
“O presidente Biden deixou claro que fronteiras não podem conter essa pandemia e prometeu que nossa nação será um arsenal de vacinas. Esse passo histórico protege a saúde do povo americano e de povos em todo o mundo que vão se beneficiar dessas vacinas”, afirma a Casa Branca.
Em maio passado, Biden já tinha defendido a quebra temporária de patentes de imunizantes contra o novo coronavírus para acelerar sua distribuição pelo mundo, mas a ideia encontra resistência na União Europeia.
(Com informações autorizadas pela agência ANSA)
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