O resultado final do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) foi adiado para 11 de fevereiro, gerando um custo adicional de R$ 4,7 milhões aos cofres públicos. A informação foi divulgada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Inicialmente previsto para 21 de janeiro, o adiamento se deu em decorrência de um acordo judicial entre a União, o Ministério Público Federal (MPF), a Advocacia-Geral da União e a Fundação Cesgranrio, responsável pela aplicação das provas.
Este acordo permitiu a reintegração de 32.260 candidatos que haviam sido inicialmente eliminados. O custo extra de R$ 4,7 milhões representa aproximadamente 3,5% do orçamento total do CNU, estimado em R$ 130 milhões. Este valor já inclui os custos adicionais decorrentes do adiamento da aplicação das provas de maio para agosto, devido às fortes chuvas no Rio Grande do Sul que resultaram em situação de calamidade pública em diversos municípios entre abril e maio.
Segundo Alexandre Retamal, coordenador-geral de Logística do concurso no MGI, os recursos adicionais serão destinados à correção das provas discursivas e redações dos candidatos reintegrados, à avaliação de títulos, à análise das comissões de heteroidentificação para candidatos autodeclarados negros concorrentes às vagas de cotas raciais, à avaliação biopsicossocial (perícia médica) para candidatos com deficiência e à confirmação da condição declarada por candidatos indígenas. Retamal explicou: “Esse novo cronograma chega nessa data [11 de fevereiro] porque, com essas decisões, a gente precisa reiniciar um processo longo de corrigir as provas objetivas desses candidatos eliminados que agora estão sendo reintegrados. Com base nesses resultados, vamos corrigir as provas discursivas desses candidatos também“
Os candidatos a Analista Técnico de Políticas Sociais dos blocos temáticos 4 e 5 terão prazo para entrega de títulos nos dias 4 e 5 de dezembro. A Fundação Cesgranrio notificou individualmente, por e-mail, cada um dos 32.260 candidatos reintegrados. Os demais candidatos podem acessar informações atualizadas na área do candidato no site do concurso. Para dúvidas, o contato pode ser feito via e-mail ([email protected]) ou telefone 0800 701 2028 (das 9h às 17h).
O coordenador Retamal afirmou que o acordo judicial, apesar do custo adicional, contribuiu para uma maior segurança, transparência e idoneidade do processo. Ele acredita que os aprendizados obtidos com esta experiência servirão para aprimorar futuras edições do concurso: “Esses aprendizados de todos vão fazer com que a gente faça uma próxima edição muito melhor, tanto em termos de editais, de contratação e avanços que a gente quer trazer para que a segurança continue existindo“. Ainda não há data definida nem confirmação oficial sobre a realização de uma segunda edição do CNU.
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