A Casa Branca informou que as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos importados da China alcançaram 145%. O anúncio, feito à CNBC, detalha um novo capítulo na crescente tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O presidente Donald Trump já havia anunciado um aumento para 125% nas tarifas sobre produtos chineses, justificando a medida como uma resposta às retaliações de Pequim. A Casa Branca esclareceu que esse novo percentual se soma a uma tarifa de 20% já existente, relacionada ao combate ao tráfico de fentanil, totalizando os 145%.
Entenda a escalada das tarifas:
- Inicialmente, os EUA impuseram uma tarifa extra de 10% sobre as importações chinesas, elevando a alíquota total para 20%.
- Em seguida, Trump anunciou um plano de “tarifas recíprocas”, adicionando 34% aos produtos chineses, o que elevou a tarifa para 54%. A China respondeu a Trump com sobretaxa de 34% e restrições a empresas americanas.
- Após a China retaliar com tarifas de 34% sobre produtos americanos, os EUA responderam com um aumento adicional de 50%, levando a tarifa para 104%. Dólar atinge R$ 6 e Ibovespa cai após Trump anunciar tarifa de 104% sobre produtos chineses, impactando a economia global.
- Finalmente, com a China elevando suas tarifas sobre produtos americanos para 84%, Trump decidiu aumentar a “tarifa recíproca” para 125%, que, somados aos 20% preexistentes, resultaram nos 145% atuais. Guerra comercial: China eleva tarifas sobre produtos dos EUA para 84% em retaliação.
Trump justificou o aumento tarifário, alegando desrespeito da China aos mercados mundiais e expressou “esperança” de que o país asiático reconheça que os dias de exploração dos EUA não são mais aceitáveis.
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O ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, declarou que a China está aberta a negociações, mas que qualquer diálogo deve ser baseado no respeito mútuo e conduzido em pé de igualdade. Advertiu que, se os EUA persistirem na guerra comercial, a China lutará até o fim, e que pressão, ameaças e chantagem não são a maneira correta de lidar com a China.
He Yongqian, porta-voz do Ministério do Comércio da China, afirmou que o país está aberto a negociações com os Estados Unidos, desde que haja respeito mútuo. Contudo, reforçou que a China está pronta para “lutar até o fim” caso Trump insista em pressionar o país.
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