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Receita Federal vai monitorar cartões de crédito e PIX de forma mais pesada

Essas informações serão repassadas por meio de uma declaração semestral, chamada de "e-Financeira".

A Receita Federal inicia o ano com novos mecanismos para monitorar as transações financeiras dos contribuintes. Além das informações já recebidas de bancos tradicionais, públicos e privados, o órgão agora terá acesso a dados das operadoras de cartões de crédito e das instituições de pagamento (IP).

Essa ampliação, prevista desde setembro de 2024, foi implementada no início desta semana, e os dados serão repassados por meio da declaração semestral e-Financeira. O objetivo é fortalecer o controle fiscal, combater irregularidades e promover maior transparência nas movimentações financeiras.

O que são as instituições de pagamento?

As instituições de pagamento são empresas que intermediam transações financeiras, como compras, vendas e transferências de recursos, mas não oferecem empréstimos ou financiamentos. Exemplos incluem carteiras digitais, bancos virtuais e plataformas de grandes varejistas.

Até o momento, a Receita Federal já recebia informações sobre operações financeiras como PIX, aplicações financeiras, seguros, previdência e investimentos em ações. Com a nova medida, o escopo de fiscalização será ampliado, trazendo mais dados ao alcance do Fisco.

Dados exigidos e limites de reporte

A obrigatoriedade de envio de informações segue critérios específicos:

  • Movimentações acima de R$ 5 mil, no caso de pessoas físicas;
  • Montantes superiores a R$ 15 mil, para pessoas jurídicas.

Esses dados, que incluem valores consolidados de débitos e créditos por conta e contribuinte, serão integrados à base da Receita Federal para identificar possíveis irregularidades e assegurar o cumprimento da legislação tributária.

As medidas visam aprimorar o controle e fiscalização das operações financeiras, garantindo uma maior coleta de dados. Além disso, reforçam os compromissos internacionais do Brasil no âmbito do Padrão de Declaração Comum (CRS), contribuindo para o combate à evasão fiscal e promovendo a transparência nas operações financeiras globais“, destacou a Receita Federal em nota oficial.

A evolução da fiscalização

Desde o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), em 2007, o Brasil adotou mecanismos para monitorar movimentações financeiras. Em 2008, foi instituída a Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (Dimof), pela qual bancos tradicionais reportavam dados ao órgão.

Em 2015, com avanços tecnológicos e a criação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), a Receita substituiu a Dimof pela e-Financeira, que consolidou informações mais detalhadas sobre operações financeiras, incluindo aplicações, seguros e investimentos.

Segundo a Receita, a e-Financeira é “uma base importante de dados para a Receita Federal e tem ganhado uma importância crescente no mundo todo em razão da necessidade de transparência, conformidade e combate a ilícitos“.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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