A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (15), a Operação Farra Brasil 14, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar o aplicativo Caixa Tem. A ação ocorreu em diversos municípios do Rio de Janeiro e revelou um esquema que causou prejuízos de quase R$ 2 bilhões à Caixa Econômica Federal.
As investigações apontam que os criminosos cooptavam funcionários da Caixa Econômica e de casas lotéricas, oferecendo propinas em troca de acesso facilitado aos valores depositados no aplicativo, utilizado para o pagamento de benefícios sociais do governo federal. É importante lembrar que a Atualização do CadÚnico é importante para evitar perda de benefícios em 2025, e fraudes como essa prejudicam ainda mais os beneficiários.
Apreensões e Próximos Passos
Durante a operação, foram apreendidos:
- 20 telefones celulares
- 6 notebooks
- 2 veículos
- Documentos diversos
Todo o material apreendido será encaminhado para perícia técnica e análise, visando aprofundar as investigações e identificar outros possíveis envolvidos no esquema.
Impacto e Alcance da Fraude
Desde a criação do Caixa Tem, em abril de 2020, a Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da PF contabilizou aproximadamente 749 mil contestações, totalizando cerca de R$ 2 bilhões em prejuízos para a Caixa Econômica Federal. A Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção a Fraude (Cefra), em Brasília, e a Corregedoria Regional da Caixa, no Rio de Janeiro, auxiliaram nas investigações. A Governo Federal apresenta PEC da Segurança Pública com prioridade na Câmara dos Deputados, buscando fortalecer o combate a esses crimes.
De acordo com a PF, a maior parte das vítimas são beneficiários de programas sociais do governo federal. Programas como o Bolsa Família e Auxílio Gás, que tem pagamentos agendados, acabam sendo alvos. Contudo, as fraudes também atingiram contas do FGTS e do Seguro-Desemprego de trabalhadores, todos geridos pelo Caixa Tem.
Detalhes da Operação
Cerca de 80 policiais federais cumpriram 23 mandados de busca e apreensão nos municípios de Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Macaé e Rio das Ostras. A Justiça Federal também determinou medidas cautelares diversas da prisão para 16 investigados.
Os investigados responderão por crimes como organização criminosa, furto qualificado, corrupção ativa e passiva, e inserção de dados falsos em sistemas de informação. Somadas, as penas máximas podem chegar a 40 anos de reclusão.
É importante ressaltar que a Polícia Federal investiga fraude de R$ 100 mil em financiamento de energia solar no RN, mostrando a atuação constante da PF no combate a diversos tipos de crimes financeiros. A PF também PF desarticula esquema criminoso que fraudava benefícios do INSS no Rio Grande do Norte, evidenciando a abrangência das investigações.
Posicionamento da Caixa Econômica Federal
Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que está colaborando ativamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações de combate a fraudes e golpes. A instituição ressaltou que monitora continuamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar atividades suspeitas.
A Caixa esclareceu ainda que possui estratégias e procedimentos de segurança para proteger os dados e operações de seus clientes, além de contar com tecnologias e equipes especializadas para garantir a segurança de seus processos e canais de atendimento. “Adicionalmente, a CAIXA esclarece que possui estratégia e procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes e dispõe de tecnologias e equipes especializadas para garantir segurança aos seus processos e canais de atendimento”.
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