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Governo tem rombo de R$ 60,9 bilhões, o 2º pior maio da história

As receitas cresceram em termos reais, mas não acompanharam o aumento das despesas, agravando o déficit.

As contas do governo central registraram um déficit primário de R$ 60,983 bilhões em maio, o segundo pior desempenho em 27 anos. Este saldo negativo inclui as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. Em abril, o governo havia registrado um superávit de R$ 11,082 bilhões.

O resultado de maio é o pior em termos reais desde a pandemia de 2020 e o segundo pior da série histórica do Tesouro, que começou em 1997. Em maio de 2023, o déficit foi de R$ 45,014 bilhões em valores nominais. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (26/6) pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda.

A expectativa do mercado financeiro apontava para um déficit de R$ 58,10 bilhões, conforme levantamento do Projeções Broadcast, com previsões variando entre R$ 25,5 bilhões e R$ 70,0 bilhões.

No acumulado do ano até maio, o Governo Central teve um déficit de R$ 29,998 bilhões, o pior resultado desde 2020. No mesmo período do ano anterior, o resultado foi positivo em R$ 1,834 bilhão. Em maio, as receitas aumentaram 8,3% em termos reais em relação ao mesmo mês do ano passado, e 8,5% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano. Já as despesas subiram 14% em maio, descontada a inflação, e 13% no acumulado dos cinco meses.

Nos 12 meses até maio, o Governo Central acumulou um déficit de R$ 268,4 bilhões, equivalente a 2,36% do PIB. Desde janeiro de 2024, o Tesouro Nacional passou a informar a relação entre o volume de despesas e o PIB, como parte do arcabouço fiscal que visa estabilizar os gastos públicos. No acumulado dos últimos 12 meses até maio, as despesas obrigatórias somaram 18,6% do PIB, enquanto as despesas discricionárias do Executivo representaram 1,8% do PIB.

Para 2024, o governo estabeleceu duas metas fiscais: um resultado primário neutro (0% do PIB), com uma margem de variação de 0,25 ponto percentual, e um limite de despesas de R$ 2,089 trilhões. Isso permite um déficit máximo de R$ 28,8 bilhões. No último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, publicado em maio, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um déficit de R$ 14,5 bilhões para o ano, equivalente a 0,1% do PIB.

As receitas cresceram em termos reais, mas não acompanharam o aumento das despesas, agravando o déficit. A trajetória das contas públicas segue como um dos principais desafios para a política econômica do governo, que busca equilíbrio fiscal em um cenário de incertezas econômicas.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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