Na manhã desta segunda-feira, 17 de março de 2025, o dólar apresentou uma queda no mercado à vista, cotado próximo a R$ 5,72. Segundo Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, a desvalorização da moeda americana reflete um temor crescente de recessão nos Estados Unidos, impulsionado por dados econômicos mais fracos e pelas políticas tarifárias do governo Trump.
Velloni destaca que a valorização do real é impulsionada por diversos fatores, incluindo:
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- Aumento do diferencial de juros entre Brasil e EUA: A diferença maior entre as taxas de juros dos dois países torna o Brasil mais atraente para investidores estrangeiros.
- Estímulos internos da China: Medidas de estímulo econômico na China podem beneficiar o Brasil, aumentando a demanda por exportações brasileiras.
- Possíveis negociações tarifárias: A expectativa de negociações tarifárias favoráveis também contribui para o otimismo em relação ao real.
O economista ressalta que, caso as negociações comerciais com os Estados Unidos não avancem, o Brasil poderá expandir suas exportações para a China, o que fortaleceria ainda mais a moeda brasileira. U
Além disso, Velloni aponta que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que superou as expectativas em janeiro, indica uma inflação ainda elevada. Isso pode levar à continuidade da alta da Selic, o que beneficiaria o real, atraindo investidores estrangeiros interessados em carry trade. É importante acompanhar os Relatório Focus para entender as projeções para o dólar, PIB, Selic e IPCA.
A possível votação do Orçamento na quarta-feira (19) também está no radar do mercado, embora Velloni manifeste dúvidas sobre o apoio da oposição ao governo. Em paralelo, o mercado também observa a desaceleração do PIB no 4º trimestre de 2024, que pode sinalizar um crescimento econômico mais fraco em 2025.