Um levantamento recente da Paschoalotto revelou que o endividamento e os salários atrasados são os principais catalisadores da inadimplência entre os brasileiros. O estudo, que monitora mensalmente o cenário financeiro, aponta que 34,93% dos entrevistados indicaram o endividamento como a principal razão para o não pagamento de suas contas, enquanto 33,28% enfrentam dificuldades devido a atrasos salariais.
O desemprego figura como a terceira maior causa, impactando 13,73% dos participantes da pesquisa. Os dados, coletados em janeiro deste ano através da plataforma de negociação de dívidas Pagou Fácil, oferecem um panorama detalhado dos desafios financeiros enfrentados pela população. Em outubro de 2024, o endividamento no Brasil atingiu 73 milhões de pessoas, apontou Serasa.
Ranking das Causas da Inadimplência no Brasil:
- Endividamento: 34,93%
- Salário Atrasado/Rendimentos: 33,28%
- Desemprego: 13,73%
- Financiamento para Terceiros: 6,80%
- Redução Salarial: 2,96%
- Doença: 1,81%
- Fraude: 2,39%
- Falecimento: 1,08%
- Mudança da data de recebimento: 0,43%
- Não concorda com valor dos juros: 0,93%
- Não recebeu carne/Boleto: 0,87%
- Pagamento incorreto da parcela: 0,72%
- Viagem: 0,06%
Dívidas de longo prazo
A análise também revelou um aumento no número de endividados com dívidas em atraso por mais de 90 dias entre 2023 e 2024. Em dívidas sem garantia, como as de cartão de crédito e conta corrente, o percentual saltou de 24,06% para 31,03%. Já nas dívidas com garantia, como as associadas a bens como carros e casas, o aumento foi de 12,96% para 14,05%. É importante estar atento aos juros do rotativo do cartão de crédito, que podem agravar essa situação.
Apesar desse aumento, a maioria dos débitos ainda se concentra em prazos menores, com 68,98% das obrigações sem garantia e 85,96% das dívidas com garantia possuindo menos de 90 dias de atraso.
A pesquisa da Paschoalotto também indica uma crescente, embora gradual, preferência pela negociação de dívidas em ambientes digitais. Em 2023, 20,5% dos inadimplentes utilizavam canais online, como mídias sociais, para quitar suas contas, enquanto 79,5% optavam por métodos tradicionais, como o telefone. Em 2024, essa proporção mudou para 29,2% e 70,8%, respectivamente, mostrando uma evolução na adoção de plataformas digitais para a resolução de pendências financeiras.
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