O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, manifestou sua discordância com a decisão dos Estados Unidos de impor uma taxação de 25% sobre o aço importado. Em declarações recentes, Alckmin classificou a medida como “equivocada”, reiterando a postura do governo brasileiro em buscar uma solução através do diálogo e da reciprocidade no comércio exterior.
Alckmin enfatizou que a estratégia do Brasil não será de retaliação direta. “Nós entendemos que o caminho não é olho por olho. Se fizer olho por olho, vai ficar todo mundo cego, porque o caminho é ganha-ganha. Comércio exterior é ganha-ganha,” afirmou o vice-presidente, ressaltando que a abordagem ideal é fomentar um ambiente de colaboração onde ambos os países possam se beneficiar. Ele complementou, “Eu sou mais competitivo numa área, eu exporto mais, ele é mais competitivo, exporta mais para mim e ganha o conjunto da sociedade. Esse é o caminho. Então, é reciprocidade e buscar o diálogo.”
O ministro também fez questão de salientar que o Brasil não representa um problema para a balança comercial dos EUA, que atualmente apresentam um superávit nas trocas com o país sul-americano.
Novas negociações em vista
Alckmin confirmou que estão agendadas conversas de nível técnico com representantes dos Estados Unidos para o dia 14. Essas discussões ocorrerão sob a égide do Acordo de Comércio e Cooperação Econômica (ATEC).
“É um acordo de cooperação técnica e econômica Brasil-Estados Unidos. Então, no âmbito da ATEC, começam as conversas e as negociações. Eu não participo“, explicou Alckmin, que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma viagem a Sorocaba (SP). Ele assegurou que manterá o presidente Lula informado sobre o progresso das negociações
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