A Parker Solar Probe, da NASA, voltou a fazer história ao atingir, no dia 22 de março de 2025, a distância recorde de 6,1 milhões de quilômetros da superfície do Sol. Além disso, a sonda manteve a impressionante velocidade de 192 km/s, consolidando-se como o objeto mais rápido já construído pelo ser humano.
A nova incursão reforça o papel da missão Parker na busca por respostas sobre o funcionamento da estrela que rege nosso sistema solar. Com a sonda se aventurando na ardente corona solar, cientistas esperam entender melhor os fenômenos que influenciam diretamente a Terra, como as tempestades solares e suas consequências para redes elétricas e sistemas de comunicação.
A jornada extrema na atmosfera do Sol
A Parker Solar Probe não apenas quebrou recordes, mas também sobreviveu, mais uma vez, às condições mais extremas já enfrentadas por uma espaçonave. A corona solar – a atmosfera externa do Sol – pode ultrapassar 1 milhão de graus Celsius, uma temperatura muito superior à da superfície visível da estrela.
O que torna essa façanha possível é o escudo térmico avançado da sonda, projetado para suportar o calor intenso e proteger seus delicados instrumentos científicos. Apesar da hostilidade do ambiente, a espaçonave enviou sinais positivos para a equipe de controle na Universidade Johns Hopkins, em Maryland, confirmando seu pleno funcionamento.
A missão foi concebida para realizar diversas passagens ao redor do Sol, cada vez mais próximas, com o objetivo de desvendar segredos sobre sua atividade. Entre as perguntas que os cientistas tentam responder estão: por que a corona solar é tão mais quente que a superfície do Sol? E como os ventos solares aceleram ao ponto de se tornarem tempestades capazes de afetar a Terra?
Futuro da missão e o fim iminente
A aproximação de março foi a 23ª passagem da sonda pelo Sol e a segunda de cinco planejadas na distância mínima de 6,1 milhões de quilômetros. Os próximos encontros ocorrerão em:
📌 19 de junho de 2025
📌 15 de setembro de 2025
📌 12 de dezembro de 2025
No entanto, a Parker Solar Probe tem uma jornada com prazo de validade. Eventualmente, o combustível da sonda se esgotará, impedindo ajustes de trajetória. Nesse momento, a intensa radiação solar tomará o controle, e a espaçonave será consumida pelo calor abrasador da estrela.
Segundo Justin Kasper, astrofísico da Universidade de Michigan e um dos responsáveis pela missão, parte da sonda pode resistir e continuar orbitando o Sol por milhares de anos:
“Quando o combustível acabar, a radiação solar nos girará e a parte traseira da Parker será incinerada em segundos. O escudo térmico e alguns componentes mais resistentes podem sobreviver, transformando-se em um fragmento derretido que ficará orbitando a estrela por um bilhão de anos.”
Mesmo com um destino traçado, a Parker Solar Probe já cumpriu sua missão de expandir nosso entendimento sobre o Sol, desafiando limites e proporcionando insights que podem transformar nossa relação com o espaço e a tecnologia terrestre.
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