A Prefeitura de Parnamirim anunciou na madrugada desta terça-feira (11) o adiamento do início do ano letivo de 2025 na rede municipal de ensino. As aulas, que começariam hoje, foram postergadas para 24 de fevereiro. O anúncio, feito pela prefeita Professora Nilda por meio das redes sociais, gerou revolta entre pais e responsáveis, principalmente pelo horário tardio da comunicação.
Em vídeo publicado no Instagram após meia noite, Nilda atribuiu a mudança a dívidas deixadas pela gestão anterior, do ex-prefeito Rosano Taveira, alegando que a empresa terceirizada Solares, responsável por serviços essenciais nas escolas, não recebeu os repasses dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2024.
“Após uma longa reunião com o Conselho Municipal da Educação, com o sindicato e servidores, tomamos uma importante decisão em relação ao início das aulas. Parnamirinenses, estamos aqui para informar que o ano letivo será adiado em duas semanas. Será transferido de 11 de fevereiro para 24 de fevereiro“, disse a prefeita.
A gestora afirmou ainda que, apesar da dívida, a atual administração efetuou o pagamento referente ao mês de novembro, mas que a situação exigia mais tempo para ser completamente resolvida.
“Gostaríamos de informar aos pais e a toda comunidade escolar que esse adiamento não terá prejuízo ao calendário letivo dos nossos estudantes. Nosso compromisso é com a transparência e com a responsabilidade. Esta situação será resolvida durante estas duas semanas.”
Na legenda da postagem, a prefeita reforçou:
Indignação entre pais e responsáveis
O anúncio inesperado provocou forte repercussão. Muitos pais demonstraram indignação, principalmente pela comunicação feita de última hora, quando muitos já haviam se organizado para o retorno das aulas.
“Deveria ter sido avisado no começo do mês de fevereiro“, reclamou um pai.
“Por que não postaram isso mais cedo?!“, questionou uma mãe.
Outra responsável relatou a frustração com a falta de planejamento: “Era pra ter sido avisado antes! Agora são 6h24 da manhã e só agora colocaram isso no grupo da escola. Ontem perguntei se começaria hoje e confirmaram que sim. Agora, com as crianças já acordadas e prontas, é que avisam?“
Uma moradora também expressou sua indignação: “Mas gente, a essa hora? Não viram antes que os pagamentos estavam atrasados? Sempre em cima da hora.”
Outra mãe reclamou do impacto na rotina familiar: “Por que não avisou mais cedo? Acordei cedo à toa.”
Além disso, houve relatos de falta de alinhamento entre as escolas e a gestão municipal. “As diretoras não estão sabendo, saímos de casa com a informação de que teria aula normalmente“, afirmou um responsável.
“Isso deveria ter sido organizado antes. Se já sabiam do problema com a Solares, por que só avisaram agora? A maioria dos pais soube da mudança apenas quando já estavam a caminho das escolas. Falta planejamento“, criticou outro pai.
Defesas e apoio à prefeita
Apesar das críticas, alguns populares defenderam a decisão da prefeita, destacando a transparência da gestão.
“Parabéns, prefeita! Pela transparência em mostrar o caos deixado pela gestão passada. Sabemos que não é fácil colocar a casa em ordem“, comentou um apoiador.
Outro morador afirmou: “Parabéns pela coragem! Duas semanas não atrasam o ano letivo e trarão uma volta digna para nossas crianças e adolescentes. Ainda são apenas 40 dias de gestão e já estão organizando a bagunça deixada pelo antigo governo.”
O adiamento das aulas afeta milhares de estudantes da rede municipal e ocorre em meio a um período de transição administrativa. A prefeitura garantiu que o calendário letivo será readequado para evitar prejuízos aos alunos.
Agora, a expectativa dos pais e responsáveis é de que a gestão cumpra o novo prazo e normalize a situação até o dia 24 de fevereiro.
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