O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo potencial, classificado como amarelo, para chuvas intensas em 105 municípios do Rio Grande do Norte, incluindo Natal e Mossoró. O aviso, que teve início às 10h da última quinta-feira (27), permanece em vigor até as 10h desta sexta-feira (28).
De acordo com o Inmet, as cidades potiguares podem registrar volumes de chuva entre 20 e 30 milímetros por hora, ou até 50 milímetros por dia. A previsão também aponta para ventos intensos, com velocidades entre 40 e 60 km/h. O instituto alerta para o baixo risco de ocorrências como cortes de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.
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Na quarta-feira anterior, o Inmet já havia emitido um alerta semelhante, abrangendo toda a faixa litorânea do estado. A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) registrou os maiores volumes de chuva nas 24 horas precedentes, com destaque para São Francisco do Oeste, na região Oeste Potiguar, com 33,3 milímetros, e Jaçanã, no Agreste, com 27,8 milímetros.
Confira a lista completa dos municípios em alerta:
Previsão para Março, Abril e Maio de 2025 aponta chuvas dentro da média
A Emparn divulgou, durante a reunião “Análise e previsão climática para o Nordeste brasileiro”, realizada na última terça-feira (25), que a previsão para os meses de março, abril e maio de 2025 indica um volume de chuvas dentro da média histórica no Rio Grande do Norte. O meteorologista Gilmar Bristot explicou que a análise considerou o comportamento dos oceanos Pacífico e Atlântico.
A presença do fenômeno La Niña no Pacífico, juntamente com um Atlântico Sul mais quente que o Atlântico Norte, são fatores que contribuem para o aumento das chuvas no Nordeste brasileiro.
A Emparn estima um acumulado de 433,2 mm de chuvas no estado durante o período, distribuídos da seguinte forma: 159,7 mm em março, 164,8 mm em abril e 108,7 mm em maio.
Distribuição regional das chuvas:
- Região Leste: 533,8 mm (166,9 mm em março / 195,8 mm em abril / 171,1 mm em maio)
- Região Oeste: 479,2 mm (197,5 mm / 180,2 mm / 101,4 mm)
- Região Central: 376,9 mm (155,1 mm / 150,2 mm / 71,5 mm)
- Região Agreste: 343,2 mm (119,2 mm / 133,0 mm / 91,0 mm)
Projeção otimista
Segundo Bristot, o aquecimento recente do Atlântico Sul resultou em uma melhora nas projeções climáticas para o Nordeste, que antes indicavam um déficit de chuvas entre fevereiro e maio. Os modelos meteorológicos agora preveem um volume de chuvas dentro ou acima da média em algumas áreas.
“Quando a previsão é de normalidade, algumas características são esperadas, como veranicos dentro do período chuvoso e chuvas intensas em determinadas regiões. Isso faz parte do clima semiárido quando há essa condição”, ressaltou o meteorologista.