Bancários do BB e da Caixa Econômica entram em greve no RN

Bancários do BB e da Caixa Econômica entram em greve no RN

A partir desta segunda-feira (9), os funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal no Rio Grande do Norte entraram em greve por tempo indeterminado. A decisão foi unânime e ocorreu após a categoria rejeitar a proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em assembleia realizada na última sexta-feira (6).

A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Bancários do RN, foi comunicada pelas redes sociais e reflete a insatisfação dos trabalhadores diante das condições oferecidas.

A proposta da Fenaban incluía um reajuste salarial de 4,64% para 2024, com um ganho real de 0,7%, além de um aumento de 15% nos pisos salariais. Para 2025, o aumento previsto seria de 0,6% acima da inflação. Entretanto, os bancários consideraram esses índices insuficientes.

Depois de um lucro de mais de R$ 145 bilhões em 2023, nem nos piores pesadelos imaginávamos que as empresas sequer pudessem propor um reajuste abaixo da inflação. É sucatear o salário do trabalhador, que já perdeu o poder de compra há muito tempo“, afirmou o sindicato em nota.

Vagas para mulheres e outras concessões

Além da proposta salarial, os bancos incluíram medidas adicionais, como a criação de 3.000 vagas de formação para mulheres na área de Tecnologia da Informação (TI) e o reajuste na verba destinada à requalificação, que passaria a ser de R$ 2.285,00. Ainda assim, essas iniciativas não foram suficientes para atender às expectativas da categoria no estado.

Mobilização limitada ao RN?

No momento, a paralisação afeta apenas as agências bancárias no Rio Grande do Norte. Em outros estados, como São Paulo, as assembleias ocorrerão nesta segunda-feira (9). No caso específico dos funcionários do Banco do Brasil em São Paulo, o acordo coletivo foi aceito. No entanto, os trabalhadores da Caixa Econômica Federal filiados ao Sindicato dos Bancários de São Paulo rejeitaram a proposta salarial oferecida e aguardam uma nova assembleia para definir os próximos passos das negociações.

A mobilização no Rio Grande do Norte pode ganhar adesão em outros estados conforme novas reuniões forem realizadas e a posição da Fenaban for reavaliada.

A paralisação das atividades no Rio Grande do Norte pode gerar impactos nas operações bancárias do estado, especialmente em serviços como atendimento presencial e transações que dependem de funcionários nas agências. Com outros sindicatos ainda realizando suas assembleias, há a possibilidade de que a greve se estenda para outros estados, o que poderia aumentar a pressão sobre as negociações com a Fenaban.

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