Trabalhadores da saúde de Parnamirim aprovaram, durante assembleia unificada, uma paralisação de 48 horas, agendada para os dias 7 e 8 de maio. A decisão foi tomada em conjunto com representantes do Sindsaúde/RN, Sindern e Sinfarn. Uma nova assembleia será realizada logo após a reunião da Mesa SUS, marcada para o dia 8 de maio, com a presença das entidades sindicais, trabalhadores da base e a gestão municipal de Parnamirim.
A paralisação foi motivada pela apresentação de um estudo do Instituto Latino Americano de Estudos Socioeconômicos (ILAESE), que apontou perdas salariais significativas para os servidores da saúde nos últimos seis anos. Segundo o estudo, essas perdas já somam 31,4% dentro do Plano de Cargos.
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Guilherme Fonseca, pesquisador do ILAESE, detalhou que o percentual de 31,4% é resultado da análise da inflação (INPC) acumulada de maio de 2019 a março de 2025, que atingiu 39,29%. Desse valor, foi abatido o reajuste salarial de 6% concedido pela gestão de Parnamirim a todos os servidores municipais em junho de 2023, e adicionada a perda inflacionária do período subsequente.
Reivindicações e próximos passos
Durante a assembleia, os trabalhadores também expressaram preocupação com os baixos salários pagos atualmente aos profissionais da saúde em Parnamirim e a necessidade urgente de revisão do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) da Saúde. Além disso, manifestaram repúdio ao decreto que suspende o pagamento de horas extras, plantões e gratificações a todos os servidores municipais. Esses temas serão levados à reunião da Mesa SUS.
A categoria aguarda com expectativa o resultado da reunião da Mesa SUS, pois a revogação do decreto é um dos principais pontos de pauta da paralisação de 48 horas. “A participação e mobilização dos servidores da saúde são consideradas cruciais para o sucesso das reivindicações“, diz em nota a organização.