O Ministério da Saúde deu um importante passo para reforçar a assistência médica em áreas vulneráveis do país, anunciando a abertura de 2.279 vagas por meio do Programa Mais Médicos. A iniciativa visa ampliar o acesso à saúde em 4.771 municípios, com foco nas regiões de maior necessidade.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o programa ultrapassará a marca de 28 mil profissionais atuando em todo o Brasil. Os médicos desempenham um papel crucial nas Equipes de Saúde da Família, sendo a porta de entrada para o SUS e responsáveis por encaminhar pacientes a especialistas quando necessário.
“Aumenta muito a capacidade de resolver os problemas de saúde na atenção primária“, afirmou Padilha, ressaltando que estudos comprovam a eficiência do programa na redução do encaminhamento para a atenção especializada.
O novo edital prioriza municípios com altos índices de vulnerabilidade e áreas de difícil acesso. Das vagas oferecidas, 1.296 são para ocupação imediata, enquanto 3.475 cidades poderão manifestar interesse em ampliar o número de profissionais. Para quem busca outras oportunidades, João Pessoa e Campina Grande somam mais de 1.200 vagas de emprego.
A região da Amazônia Legal receberá atenção especial, com 473 vagas distribuídas em 709 cidades.
Gestores estaduais e municipais interessados em aderir ao programa devem realizar a inscrição através do sistema e-Gestor até o dia 24 de março, com previsão de divulgação dos resultados para 8 de abril.
O edital também reserva vagas para profissionais negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência, promovendo a inclusão e a diversidade no programa. Além disso, o Governo federal impulsiona o SAMU com a entrega de 789 ambulâncias e plano de universalização.
Prontuário eletrônico: Agilidade e eficiência no atendimento
O Ministério da Saúde destaca que a utilização do prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS) pelos profissionais do Mais Médicos contribuirá para a redução do tempo de espera por atendimento especializado. A ferramenta facilita o acesso às informações do paciente entre a atenção primária e a especializada, garantindo um acompanhamento mais ágil e eficiente.
“É por meio desse prontuário que o profissional do Mais Médicos sabe se o paciente voltou à unidade para retorno da consulta, se as informações estão completas e se os exames estão em dia, ou seja, um canal rápido e eficiente, tanto para o paciente, como para o profissional“, informou a pasta.
Integração de médicos formados no exterior
O programa também acolheu 402 médicos formados no exterior, que atuarão em 22 estados a partir de abril. Esses profissionais serão alocados em aproximadamente 180 municípios e 15 Distritos Sanitários de Saúde Indígena.
A maioria dos médicos (397) é de nacionalidade brasileira, com cinco estrangeiros. Além disso, 52,7% são mulheres e 57 atuarão especificamente na saúde indígena.
Em parceria com o Ministério da Educação, os médicos participam de um Módulo de Acolhimento e Avaliação até 11 de abril, com aulas sobre o SUS e temas prioritários para o atendimento de populações vulneráveis na atenção primária, como equidade étnico-racial, saúde mental e o programa Bolsa Família. Ao final do curso, os profissionais serão avaliados e deverão alcançar média mínima de 50% para aprovação.
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