Economia

Salário mínimo 2025: reajuste em discussão no Congresso

O salário mínimo de 2025 está em debate no Congresso Nacional. Atualmente, a lei prevê dois critérios de reajuste: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro do ano anterior, e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Com base nos dados atuais, o INPC fechou novembro em 0,33%, totalizando 4,84% em 12 meses. Considerando o crescimento do PIB de 2023, revisado para 3,2% pelo IBGE, o salário mínimo subiria para R$ 1.528, um aumento de 8,22% em relação aos R$ 1.412 de 2024.

No entanto, um projeto de lei (PL 4614/24) proposto pelo governo busca alterar essa fórmula. Integrado a um pacote de cortes de gastos e alinhado ao arcabouço fiscal, o projeto limita o reajuste a um intervalo entre 0,6% e 2,5%, além da inflação medida pelo INPC. A Câmara dos Deputados aprovou a tramitação do projeto em regime de urgência, acelerando sua discussão e aprovação. Se aprovado, o salário mínimo de 2025 seria de R$ 1.518, um aumento de 7,51%, R$ 10 a menos que o valor calculado pela regra atual.

A justificativa do governo para a mudança reside na necessidade de reduzir despesas públicas, tendo em vista que o salário mínimo serve de piso para diversos benefícios como previdenciários, seguro-desemprego e abono salarial. Em nota oficial, o governo afirma que: “O projeto de lei é fundamental para dissipar incertezas que afetam os preços dos ativos da economia brasileira, garantindo resiliência ao regramento fiscal, ao mesmo tempo em que assegura maior espaço fiscal a despesas discricionárias com fortes efeitos multiplicadores, como os investimentos públicos”.

Independentemente da aprovação do projeto de lei, o governo precisará rever seus cálculos. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025, encaminhado ao Congresso em 30 de agosto, previa um reajuste de 6,87%, levando o salário mínimo a R$ 1.509. Essa previsão considerava um INPC de 3,82% e um crescimento do PIB de 2,91% (valor anterior à revisão do IBGE).

Vale ressaltar a diferença entre o INPC e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também divulgado pelo IBGE. O INPC acompanha a variação de custos para famílias com renda de até cinco salários mínimos, enquanto o IPCA abrange famílias com renda de até 40 salários mínimos. Em novembro, o IPCA registrou 0,39%, acumulando 4,87% em 12 meses.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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