Um ‘furacão’ de matéria escura se aproxima da Terra a uma velocidade de cerca de 500 quilômetros por segundo, de acordo com um estudo realizado pelo físico teórico Ciaran O’Hare publicado na semana passada na revista científica Physical Review D. A passagem do fenômeno pelo nosso Sistema Solar poderia ser uma oportunidade histórica para detectar diretamente esse tipo de matéria, hoje um dos grandes enigmas do universo.
Até agora, a ciência só foi capaz de explicar a existência da matéria escura graças às forças gravitacionais que acompanham os movimentos cósmicos, já que, na realidade, você não pode ver ou tocar.
A descoberta desta tempestade de matéria escura, chamada S1, baseia-se em um conjunto próximo de estrelas se movendo na mesma direção. Os cientistas acreditam que são os restos de uma galáxia anã que foi engolida pela Via Láctea há bilhões de anos atrás.
Nice write up by @APSphysics about our #DarkMatterHurricane paper (https://t.co/PMRCL9V7Le) on future dark matter detectors and the local S1 stream found in #Gaia.https://t.co/dFV96gQnih
— Ciaran O’Hare (@cajohare) 7 de novembro de 2018
Esse fenômeno, que não acarreta nenhum perigo para a humanidade, é apresentado como uma grande oportunidade para aprender mais características dessa matéria invisível que constitui um quarto da massa e energia totais do universo.
De acordo com cálculos do físico Pierre Sikivie, na presença de um forte campo magnético as partículas ultraleves que compõem a matéria escura, conhecida como áxions, seriam capazes de se tornar fótons visíveis, o que permitiria a comunidade científica de detectar.
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