O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, foi acusado pelo líder do PSOL, deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), de usar manobras regimentais para atrasar o processo contra ele no Conselho de Ética.
Alencar também reclamou que o presidente reativou uma representação contra o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) na Corregedoria, que estava parada desde maio, por retaliação contra o partido. “Estamos levantando uma série de atitudes como essa de agora para que a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal tenham ciência de que aqui sim se usa o cargo da presidência para se proteger de uma investigação judicial, de uma investigação do Ministério Público”, disse o líder.
Eduardo Cunha, por sua vez, disse que não leva em consideração as acusações do PSOL e afirmou que o partido pede seu afastamento corriqueiramente. “O que há é o seguinte: aqueles que são eleitos, para serem retirados das suas eleições, ou o são se o fizerem por vontade própria ou se tiver motivo constitucionalmente para isso. Então, não há o que discutir em relação a isso. Todo mundo tem o direito de se manifestar da forma que quiser, pra mim não altera nada”, afirmou o presidente.
A representação contra Glauber Braga foi apresentada pelo deputado Alberto Fraga (DEM-DF) em maio deste ano, após uma discussão entre os dois em uma sessão do Plenário. A denúncia foi aceita agora pelo corregedor da Câmara, deputado Carlos Manato (SD-ES).
Com informações da Agência Câmara Notícias
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