Um grupo internacional de pesquisadores descobriu um pequeno corpo celeste por trás de Netuno com uma órbita que não é típica do sistema solar, informa a edição da revista New Scientist. “Espero que todos apertem o cinto de segurança porque o sistema solar exterior ficou muito mais estranho”, afirmou Michele Bannister, astrônoma da Universidade Queens, Belfast.
O objeto transnetuniano é 160 mil vezes menos brilhante que Netuno e o diâmetro de seu corpo é cerca de 200 quilômetros. Ele está atualmente acima do plano do sistema solar e a cada dia que passa, ele está se movendo para cima – um fato que faz com que seja uma raridade.
Os cientistas assinalam que o corpo celeste possui uma órbita muito estranha: objeto gira em torno do Sol de modo quase perpendicular relativamente aos outros planetas. O achado foi batizado de Niku, que, em chinês, significa “rebelde”, “indócil”.
O descobrimento foi feito com ajuda do sistema de telescópios Pan-Starrs, no Havaí. Para compreender como este planeta é rebelde, lembre-se que uma superfície plana é a assinatura de um sistema planetário, como uma nuvem de gás de formação de estrelas que cria um disco achatado de gás e poeira em torno dele.
Isso significa que qualquer coisa que não orbita dentro do plano do sistema solar ou em rotações no sentido oposto deve ser expelido fora do curso por outra coisa. “Isso sugere que há mais acontecendo no sistema solar exterior do que estamos plenamente conscientes do”, diz Matthew Holman no Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, que faz parte da equipe que descobriu Niku.
E é o desconhecido que excita os astrônomos. “Sempre que você tem alguma característica que você não pode explicar no sistema solar exterior, é imensamente excitante porque está, em certo sentido, antecipando um novo desenvolvimento”, diz Konstantin Batygin, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
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