(ANSA) – Um estudo revelou que a capacidade do próprio corpo de medir a força, os movimentos e a posição no espaço, sem a visão, também chamada de cinestesia ou propriocepção, se deve a um gene específico.
A descoberta foi feita por dois neurologistas norte-americanos do National Institutes of Health (NIH), após receberem o caso de duas pessoas, de nove e 19 anos, com as mesmas deformações no esqueleto e um alterado senso de tato.
Eles constataram que os problemas podem estar ligados à ausência do gene Piezo2, que também seria responsável pelo jeito “desastrado” de alguns. A raríssima doença ainda não tem nome, mas os problemas causados por ela são muitos: escolioses, formação anormal das articulações, movimentos descoordenados e percepção tátil alterada. Durante os testes, os pacientes não reconheciam os próprios movimentos do corpo, não conseguiam caminhar sem tropeçar ou cair e também não percebiam vibrações ou apertões na pele.
Essas evidências confirmaram para os médicos que o gene Piezo2 está relacionado à deficiência locomotora dos pacientes. No entanto, a dúvida é se ele é também causador da má formação óssea ou se responde apenas pela redução da cinestesia, que, por sua vez, provoca os problemas no esqueleto.
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