(ANSA) – O grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) proibiu que árbitros apitem as partidas de futebol disputadas na Síria porque eles respeitam as regras impostas pela Fifa e “violam os mandamentos de Alá”.
A notícia foi divulgada pelo jornal “The Independent”, citando uma entrevista com representantes do Observatório dos Direitos Humanos da Síria (Ondus). Segundo o grupo, o esporte em si não foi proibido – com exceção da cidade de Mosul – mesmo sendo algo vindo do Ocidente.
Uma das motivações apontadas pelo grupo para a proibição foi o fato de que, de acordo com a interpretação do Isis do Corão, um atleta que é machucado durante um jogo deve agredir igualmente quem o lesionou – e não ser apenas advertido com cartões.
A proibição dos juízes nas partidas ocorre dias antes do início de uma liga de futebol entre bairros da cidade. Caso alguém desrespeite a norma, poderá ser preso, torturado e assassinado pelos membros do EI.
O grupo extremista estabeleceu um “califado islâmico” em grande parte da Síria e do Iraque, onde prevalece a interpretação da lei islâmica (sharia) do grupo. Muitas atividades consideradas “ocidentais” são proibidas pelo grupo, como assistir programas de televisão estrangeiros, ler obras internacionais ou se vestir sem os trajes muçulmanos.
Já a Síria tem sua Federação de Futebol filiada à Fifa e mantém uma seleção oficial – que está disputando as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.
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