Quem consegue guardar dinheiro, mesmo com a crise, enfrenta uma grande dúvida, qual o melhor investimento perante um cenário altamente instável. Realmente essa não é uma pergunta fácil, principalmente, se formos levar em conta que muitos investidores perderam muito dinheiro investindo em ações e a poupança vem rendendo menos que a inflação.
Outra novidade recente, é que alguns economistas já estão questionando os riscos do Tesouro Direto, devido ao fato de que, até 2018, a dívida pública deverá crescer substancialmente, impossibilitando que o Governo honre com compromissos. O que poderá afetar o Tesouro Direto. Por isso, a recomendação agora, sem dúvida nenhuma, é de cautela.
Mesmo com um panorama incerto, ainda não vejo que seja momento de desespero, sendo que, sabendo planejar os investimentos, com certeza se obterá ótimos lucros. A primeira questão a ser levada em conta é que não existe uma fórmula exata sobre o tema, reforçando que o mais importante é saber por que se vai investir, isto é, quais os objetivos que dará para o dinheiro e como se montará uma estratégia para que se poupe dinheiro para esse investimento.
Para auxiliar nessas escolhas, Reinaldo Domingos, mestre em educação financeira e presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira, da DSOP Educação Financeira, responde duas perguntas mais frequentes sobre o tema:
Qual risco da aplicação?
De forma geral, o risco de uma aplicação financeira é diretamente proporcional à rentabilidade desejada pelo empreendedor, ou seja, quanto maior o retorno estimado pelo tipo de aplicação escolhida, maior será o risco. O risco da aplicação significa que o empreendedor poderá não conseguir o retorno prometido ou mesmo perder uma parcela do montante aplicado. Para tanto, é importante conhecer muito bem os atributos de cada aplicação, tais como o nível de risco, retorno, o tempo de aplicação, os tributos e outras despesas que serão cobradas, como, por exemplo, a taxa de administração exigida por fundos de investimentos, tendo em vista que poderão comprometer a rentabilidade dos investimentos. É bom lembrar sempre que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.
Onde investir?
Onde investir o dinheiro poupado é sempre uma decisão difícil, devido à grande quantidade de opções de ativos financeiros existentes no mercado. Mas, indubitavelmente, sempre há ótimas opções de investimento. O dinheiro poupado deverá ser dividido em investimentos direcionados aos objetivos e sonhos de curto, médio e longo prazos.
Sonhos de curto prazo são aqueles que se pretende realizar em até um ano. Para esses, é interessante aplicar em caderneta de poupança, pois, quando necessitar terá a disponibilidade de retirar sem pagar taxas, imposto de renda ou perder rendimentos. Outra opção é Tesouro Direto.
Já os sonhos de médio prazo abrangem um período de um à dez anos. São aqueles que não ocorrem imediatamente, mas conseguimos visualizar a realização em um período não tão longo, para estes são interessantes linhas que tenham prazos pré-estabelecidos no período do sonho a ser realizado. Dentre as opções recomendo Tesouro Direto, CDB, Fundo de Investimentos e ouro. Neste caso, o melhor é pesquisar em pelo menos três instituições financeiras de grande porte.
Já os sonhos de longo prazo, são aqueles que a maioria das pessoas acreditam que não irão realizar, por representar algo muito distante. O tempo destes sonhos é acima de dez anos, o que faz com que muitos desanimem antes mesmo de começar. Afirmo, seja qual for o seu sonho ele é factível de ser realizado, mas, é preciso perseverança e começar imediatamente. Para estes sonhos recomendo investir em Tesouro Direto, previdência privada, e ações. No caso de investimento em ações, o melhor é investir no máximo 20% do dinheiro total com essa finalidade, isto porque existe grande risco por depender do desempenho da empresa na qual investe.
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