A depressão bipolar é um transtorno mental grave que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo cerca de 6 milhões de brasileiros. Infelizmente, os tratamentos disponíveis atualmente para essa condição são limitados e podem não ser eficazes para todos os pacientes. Mas a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está liderando uma pesquisa promissora que pode mudar isso.
O estudo, intitulado “Depressão bipolar e toxina botulínica“, está sendo conduzido no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol/UFRN) e está investigando o potencial da toxina botulínica como tratamento adjuvante para a depressão bipolar tipo 2. A toxina botulínica é mais conhecida por seu uso em procedimentos estéticos, mas também é usada em tratamentos neurológicos.
A ideia é que a toxina botulínica possa ajudar a melhorar os sintomas depressivos quando usada em conjunto com a medicação convencional. Isso poderia oferecer aos pacientes uma opção terapêutica mais eficaz e com menos efeitos colaterais sistêmicos e interação farmacológica.
A pesquisa é liderada pela professora e pesquisadora Nicole Galvão-Coelho, do Departamento de Fisiologia e Comportamento (DFS/UFRN), em colaboração com Emerson Arcoverde e Maria Luíza Gurgel, do Departamento de Psiquiatria do Huol, e Rodrigo Alencar, do Departamento de Neurologia do Huol.
Os sintomas depressivos são mais comuns do que os sintomas maníacos e hipomaníacos em pessoas com transtorno afetivo bipolar, e o risco de suicídio é substancialmente maior durante episódios depressivos. Por isso, é fundamental desenvolver novas opções terapêuticas que possam ajudar os pacientes a controlar seus sintomas e melhorar sua qualidade de vida.
Para participar do estudo, profissionais médicos e pacientes com transtorno bipolar tipo 2 precisam entrar em contato com a equipe que conduz a pesquisa pelo e-mail [email protected]. O estudo é um ensaio clínico e os resultados podem levar algum tempo para serem publicados, mas a pesquisa representa uma importante contribuição para a compreensão e tratamento da depressão bipolar.
A UFRN está comprometida em promover a pesquisa científica e o avanço do conhecimento para melhorar a saúde e o bem-estar da população. O estudo sobre o uso da toxina botulínica como tratamento adjuvante para a depressão bipolar é apenas uma das muitas pesquisas inovadoras sendo conduzidas na universidade, e tem o potencial de ter um impacto significativo na vida de milhões de pessoas que vivem com essa condição debilitante.
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